A quarta fase do Open Banking dá start ao Open Finance, mas você sabe o que isso significa?

 A quarta fase do Open Banking está prevista para ter início no próximo dia 15, quando as instituições participantes deverão tornar públicas as informações sobre os produtos e serviços que disponibilizam relacionados ao escopo divulgado. Esta etapa marca uma nova era do sistema financeiro e dá início ao Open  Finance, uma vez que ela abrange também dados sobre câmbio, serviço de credenciamento, investimento, seguros e previdência. Para esclarecer melhor sobre essa questão, Julián Colombo, CEO da N5, empresa de software para Fintechs, Bancos e Seguradoras, fala um pouco mais sobre o assunto. 

O Open Finance faz parte de um movimento regulatório que visa dar maior poder ao utilizador de serviços financeiros por meio de um princípio simples: reconhecê-lo como o proprietário dos seus próprios dados. Nascido em 2015, na Europa, seu conceito indica muito mais do que o sistema bancário aberto. Ele se estende à transformação de todas as verticais do ecossistema financeiro, incluindo dados sobre câmbio, serviço de credenciamento, investimento, seguros e previdência. 

Supervisionada pelo Branco Central, o Open Banking e Open Finance tem como objetivo trazer inovações ao sistema financeiro nacional, possibilitando o desenvolvimento de novas soluções, promovendo maior concorrência e melhoria na qualidade de produtos e serviços oferecidos para a sociedade e na experiência do usuário. “Com a inovação, teremos um encontro de segmentos, que hoje não se conversam, mas que passarão a interagir entre si, e isso cria um novo mundo de possibilidades e cheios de benefícios para todos os envolvidos. A população poderá ter acesso a melhores ofertas de produtos e serviços, além da inclusão de milhares de pessoas no sistema financeiro. Já as empresas poderão expandir seu portfólio com avaliações mais precisas do público que pretende atingir, contribuindo para o aumento da concorrência do mercado”, explica Julián.  

Fases do Open Banking até chegar ao Open Finance

    Primeira fase - fevereiro de 2021: Essa etapa mais burocrática consistia no compartilhamento de dados entre as instituições financeiras participantes;

    Segunda fase - agosto de 2021: Começou seu impacto no dia a dia do consumidor, dando a ele a possibilidade de compartilhar seus dados relacionados a serviços bancários como: nome; CPF/CNPJ; endereço, conta, crédito e cartões;

    Terceira fase - outubro de 2021: Integração de serviços com o início de transação de pagamentos. Os usuários foram contemplados com a possibilidade de realizar pagamentos e transferências via Pix por canais que não necessariamente são de seu banco;

    Quarta fase - dezembro de 2021: Agora, o escopo de dados a serem compartilhados se amplia para além de dados bancários tradicionais, incluindo informações mais abrangentes como seguros, previdências, câmbio e investimentos, por exemplo.

É exatamente esta inclusão em outros serviços e segmentos que caracteriza o começo do Open Finance, ou sistema financeiro aberto. Ou seja, um projeto complementar ao Open Banking, que abrange melhorias e compartilhamento de dados em todo o sistema financeiro.  Para Julian, este movimento está trazendo a chave que abre as portas para um novo mundo. “Se antes as instituições não tinham acesso a informações importantes para melhor análise e oferta de produtos e serviços, agora poderão expandir seu portfólio, entregando melhores propostas de valor aos seus clientes. Além disso, estimula a concorrência e criação de novas soluções, beneficiando todo o sistema com inovação e transparência”, finaliza.