Sindicato Rural de Cascavel emite nota de Indignação ao Fundo Eleitoral

O Sindicato Rural de Cascavel, assim como diversas entidades que estão se manifestando em todo o Brasil, junta-se ao coro de indignação da aprovação do Fundo Eleitoral. No dia 19 de dezembro, o Congresso derrubou veto presidencial e estabeleceu o Fundo Eleitoral para 2022 em R$ 5,7 bilhões.

Enquanto o Brasil e os brasileiros se recuperam, pouco a pouco, dos impactos brutais que a pandemia da Covid-19 causou, os parlamentares aumentaram gigantescamente o fundo que os financia. E o pior: totalmente desconectados da vontade da população brasileira.

Em termos comparativos, o abismo do financiamento público para os políticos fica ainda maior. Disparado na primeira colocação, o Brasil é o que mais “ajuda” políticos e partidos com a quantia astronômica, em dólares, de US$ 1,3 bi. O segundo lugar é o México, com um quarto do valor brasileiro: US$ 307 mi. A Alemanha, por exemplo, gasta (é sim, gasto, porque não é de maneira alguma investimento) US$ 201 mi e a França, US$ 79 mi.

A mudança para a criação do “fundão” foi devido aos escândalos de corrupção envolvendo as doações de empresas às campanhas e aos políticos. Como foram proibidas, a contabilidade criativa dos políticos buscou esses recursos de outra forma, sem escrúpulos: o nosso bolso. Precisamos urgentemente definir prioridades e debater, ampla e democraticamente, uma reinvenção desse sistema. No entanto, não podemos corroborar com quem está lá e não faz nada para mudá-lo.

Portanto, o Sindicato Rural de Cascavel não irá receber nenhum deputado (a) que aprovou o fundão ou não foi a favor do veto presidencial. Só poderemos abrir exceções para candidatos que não usaram nenhum recurso do Fundo.