Comunidade Acadêmica da UNIOESTE se mobiliza para adiar o retorno das aulas presenciais

Com o crescimento descontrolado das contaminações, produzidas pela variante ômicron, e o aumento das taxas de ocupação de leitos UTI na macrorregional Oeste do Paraná, diversos setores da comunidade acadêmica da UNIOESTE vêm se mobilizando em defesa do adiamento do retorno presencial. Um abaixo assinado lançado na tarde desta quarta-feira (19) reuniu mais de mil assinaturas em poucas horas, mesmo a universidade ainda estando em recesso, com os docentes em férias e os estudantes afastados das atividades. 

Até às 7h30 da manhã desta quinta-feira (20), eram 1.154 assinaturas, sendo 158 docentes, 928 estudantes, 56 pós-graduandos e 13 agentes universitários. A rápida e expressiva adesão da comunidade acadêmica indica a grande preocupação com a situação sanitária. Também os sindicatos representativos dos docentes e agentes universitários se manifestaram através de uma nota pública lançada na quarta-feira (19) pela ADUNIOESTE (Sindicato dos Docentes da UNIOESTE), SINTEOESTE (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná) e ADUFBE (Associação dos Docentes de Francisco Beltrão). 

O Manifesto menciona, entre outros aspectos, o impressionante aumento no número de casos; a iminência de esgotamento de leitos de UTI e o acelerado aumento da taxa de positividade no país e na região; e solicita a suspensão do retorno das aulas presenciais, por três a quatro semanas, com reavaliação permanente, e mantendo-se enquanto isto as aulas no formato remoto. Nesta perspectiva, as aulas seguiriam de forma remota enquanto não houver condição de retorno presencial, sendo retomadas assim que for possível.

A nota “Em Defesa do Adiamento das Aulas Presenciais” também apresenta dados da evolução epidemiológica no país e na região, salientando o aumento de casos e óbitos; menciona o esgotamento dos testes e o crescimento da ocupação de leitos; e avalia que as normas sanitárias elaboradas em novembro passado precisam ser revistas tendo em vista a maior transmissibilidade da variante atualmente dominante. O Manifesto conclui solicitando ao reitor, Prof. Dr. Alexandre Weber, “que emergencialmente suspenda o retorno presencial e garanta condições para a manutenção do ensino remoto, e que mantenha uma situação de permanente reavaliação, de forma que seja possível retomar as atividades presenciais assim que houver um mínimo de segurança”.