Dono do 'maior vácuo do Orkut' diz que vai tentar reunir turma quando rede social voltar
Desde 2004, Calixto Silva Neto, de Sorocaba, tenta reunir a 'Turma de 81'. Por anos ele insistiu em uma comunidade da faculdade no Orkut, mas não teve retorno....

"Se puder criar comunidades, eu volto a fazê-la", afirmou o professor Calixto Silva Neto, de Sorocaba (SP), conhecido pelo "maior vácuo do Orkut" e que tenta reunir a turma da faculdade há quase duas décadas.
A afirmação veio após o site oficial do Orkut ser reativado, no fim de abril, com uma mensagem do fundador, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten.
Desde 2004, Calixto tenta reunir a "Turma de 81". Em uma comunidade do Orkut da faculdade em que se formou, ele insistiu por anos, mas não teve retorno.
"Até o encerramento do Orkut, em 30 de setembro de 2014, não apareceu nenhum ex-aluno na comunidade, porém, movimentou muito o tópico", relembra.
Calixto insistiu por quatro anos com as publicações e, mesmo que não tenha encontrado nenhum formando, suas publicações acabaram viralizando. O tópico teve mais de 3.600 respostas, mas nenhuma delas era dos ex-colegas.
"Meu perfil travou, cheguei a atingir o limite de amigos permitidos. Mas sempre levei na esportiva e dava risada. Os jovens diziam que era legal eu ter me atualizado e até que eu tinha que ir ao 'Programa do Jô'", contou ao g1 em 2015.
Com a repercussão, ele criou uma nova comunidade chamada "Pergunte ao Calixto", na qual os participantes podiam fazer perguntas sobre qualquer assunto.
"Alunos de todo o Brasil e até de fora faziam as mais diversas perguntas, como que filme eu assistia, qual era meu gênero musical preferido, quais bandas eu gostava, como ir bem em uma entrevista de emprego, o que fazer para conquistar uma menina, se eu tinha usado drogas na juventude", relembra.
Mesmo após o fim do Orkut, Calixto continuou procurando pelos colegas em outras redes sociais, mas sem sucesso. Ele manteve contato com apenas uma pessoa da faculdade, de quem é amigo até os dias de hoje.
"Não houve encontro porque não encontrei ninguém. Tentei [reunir a turma]. Uma vez um ex-aluno me escreveu que tinha estudado comigo, mas não queria ou não podia se expor na internet, então me escreveu uma única vez e nunca mais. Uma aluna me escreveu que estudou na mesma época em outro campus, mas em outra classe", disse.
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