Meu grande amor chegou”. Essa frase marcou o encontro do casal Izan e Albanita Bauer, parceiros de vida há mais de 64 anos. Ele foi internado em um hospital de Curitiba (PR) no dia 25 de abril após sofrer um infarto. No dia 2 de maio, foi transferido para o Hospital Marcelino Champagnat com diagnóstico de covid-19. Cinco dias depois, no aniversário de 87 anos do aposentado, a esposa, que estava em casa, começou a tossir e sentir um cansaço excessivo. Diagnosticada com a mesma doença, ela teve que ser internada e a equipe do hospital providenciou para que os dois ficassem juntos.
“Minha mãe tem Alzheimer e meu pai ficou desesperado quando precisou ser internado. Eles se chamam de namorados até hoje. Mesmo com a demência, minha mãe ficava em casa perguntando onde estava o amor dela, sem consciência da internação. Ele, no hospital, desesperado pela distância”, conta a filha, Patrícia Bauer.
Apesar do susto do diagnóstico dos dois, Patrícia conta que o reencontro foi emocionante e que o pai apresentou melhora visível após ficar perto da esposa. “Eles nunca tinham ficado separados. Os exames do meu pai melhoraram com a minha mãe perto”, complementa.
Humanização
Além de possibilitar que o casal compartilhasse o mesmo quarto, a equipe do hospital juntou as camas, facilitando ainda mais a proximidade entre os dois. A clínica médica Larissa Hermann conta que esta providência simples ajudou a melhorar até a saturação do casal, que estava baixa por conta da infecção da covid.
“Os dois são pacientes mais idosos e que já tinham algumas doenças. Graças ao quadro de vacinas da covid-19 em dia, eles não precisaram de cuidados mais intensivos da UTI. O seu Izan nos disse que foi a melhor noite que ele teve desde o início da internação porque conseguiu dormir perto da esposa. São esses depoimentos que nos levam a acreditar ainda mais no nosso trabalho”, explica.
“O bem-estar deles e a melhora cognitiva por estarem juntos foi algo bem impactante. E não tem como ser diferente aqui dentro; essa proximidade dos dois precisava ser continuada”, reforça a psicóloga Ana Campos.
Referência
Desde o início da pandemia da covid-19, o Hospital Marcelino Champagnat foi referência no tratamento de pacientes com a infecção e coleciona momentos emocionantes de superação.
Para que histórias de sucesso em meio a essa batalha pudessem ser contadas, a instituição organizou espaços físicos, construindo novos fluxos para atendimento dos casos suspeitos da covid, separados dos diagnósticos de outras doenças, que não deixaram de existir e não podiam esperar a pandemia passar para serem tratadas, como casos de doenças crônicas, AVCs e infartos. Aliado a isso, profissionais trabalharam incansavelmente no atendimento e nas pesquisas para descobrir a melhor forma de cuidado. Milhares de pacientes foram atendidos, alguns passaram meses internados na UTI ou em leitos clínicos, antes de voltar para casa.
Via: Assessoria Central Press - Foto: Divulgação
Envie sugestões de Pautas, Fotos, Videos, ou Participe do grupo no WhatsApp ou do nosso Canal no Telegram receba as principais notícias do oeste do Paraná em primeira mão!
CANAL NO WHATSAPP - CANAL DO TELEGRAM - GOOGLE NEWS