Projeto de capoeira inclusiva pretende envolver alunos com deficiência
Modelo foi apresentado no último sábado no Complexo Esportivo Ciro Nardi e vai envolver desde autistas até alunos com algum tipo de deficiência,..
Um projeto de capoeira inclusiva foi apresentado no último sábado (15) para o setor de Paradesporto da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semel) de Cascavel. A ideia é trabalhar a parte de interação social com os alunos que possuem alguma deficiência.
“A gente vai ter um foco bem especial com os autistas. Estamos pretendendo formar essas turminhas para que eles venham até o Paradesporto, na Secretaria de Esportes, e a gente possa começar esse grupo maravilhoso, que é a capoeira inclusiva”, diz Pollyana Bastos, coordenadora do setor de Paradesporto.
A ideia foi apresentada pelo professor Reginaldo Rodrigues Fernandes, que criou o projeto junto com o Mestre Geleia e o Grupo IÊ Paraná. No sábado (15), aconteceu a aula especial de demonstração do projeto no Complexo Esportivo Ciro Nardi.
Reginaldo conta que chegou em Cascavel há quatro meses e, ao perceber que ainda não havia um projeto de capoeira inclusiva, ao lado do mestre Geleia, resolveu elaborar o projeto. Formado em pedagogia e com pós-graduação em neuropsicopedagogia, decidiu adaptar o conhecimento acadêmico para trabalhar a inclusão.
“Pensei muito em crianças autistas, que têm poucas atividades físicas, principalmente a capoeira”, explicou o professor.
Depois de uma conversa com a equipe do Paradesporto, a ideia foi ampliada para levar a capoeira inclusiva também para outros alunos que tenham algum tipo de deficiência.
Segundo Reginaldo, será feita uma pré-seleção para conhecer as crianças, saber das dificuldades e, inicialmente, separá-las de acordo com o nível de dificuldade de cada uma para trabalhar a adaptação.
“Teremos esse trabalho adaptado para eles, não vamos deixar todo mundo junto. Depois, quando tiverem já desenvolvidos, a parte cognitiva bem adaptada na capoeira, a gente inclui todo mundo e faz uma atividade bem inclusiva, bem legal”, afirma.