Cascavel prepara o 1º Simpósio de Cuidados Paliativos na Atenção Domiciliar

O 1º Simpósio de Cuidados Paliativos na Atenção Domiciliar em Cascavel acontece nos dias 27 e 28 de outubro, no auditório da prefeitura, a partir das 12h30. O evento é organizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por meio do Departamento de Atenção à Saúde, Escola de Saúde Pública e Divisão de Atenção Especializada e Programa de Assistência em Internação Domiciliar (PAID).

O simpósio será direcionado aos profissionais que atuam nos serviços de saúde, acadêmicos e pessoas interessadas no tema. “Nossa intenção é proporcionar a integração dos participantes e promover o diálogo, contribuindo para a consolidação de saberes, o crescimento profissional, propagar para a rede de apoio as experiências vivenciadas pelo programa e disseminar conhecimento científico frente ao cuidado paliativo”, explicou a coordenadora do PAID, Neiva Regina Moraes Hul Marquardt.

A coordenadora explica que o evento visa, também, promover o conhecimento sobre o tema "paciente paliativo", celebrado no mês de outubro, disseminando uma abordagem multidisciplinar que preconiza a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença.

Em Cascavel, a Sesau disponibiliza para atendimento residencial/domiciliar o programas Programa de Atendimento Residencial PAR) e Programa de assistência e Internação Domiciliar (PAID).

PAR - O PAR foi instituído em 2018 para ser referência técnica aos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), fornecendo matriciamento e apoiando estas equipes no desenvolvimento do cuidado na atenção domiciliar. É composto por uma equipe volante,com um médico, um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem, com carga horária de 40 horas semanais, de segunda-feira à sexta-feira.

O PAR tem como objetivo matriciar as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e das Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Cascavel; realizar atendimento em conjunto com os profissionais das UBS e USF, de acordo as prioridades elencadas pelas equipes; prestar suporte técnico aos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS);  atender as intercorrências relacionadas a dispositivos como sonda enteral, de gastrostomia, de jejunostomia, cânulas traqueais, entre outras; assessorar o PAID na transição da alta para a Atenção Primária à Saúde/APS.

“O PAR é referência para os profissionais. Logo o paciente não aciona diretamente o PAR, ele sempre vai se dirigir com sua demanda aos profissionais da unidade de saúde, os quais quando há necessidade de apoio do PAR, fazem a solicitação”, explicou a médica Tatiana Lazzarin. Para o empresário e cuidador Márcio Antônio Borges, o PAR é um programa fundamental. “Porque nós somos leigos, precisamos de ajuda profissional, porque nós não sabemos como conduzir o tratamento  e esse atendimento é fundamental e necessário”, diz.

PAID - O PAID é um serviço de atenção domiciliar  implantado em 2005  e, neste período já atendeu mais de 20 mil pessoas no Município de Cascavel.

O PAID foi instituído com o  objetivo de prestar serviços de saúde no âmbito domiciliar, realizados por uma equipe multidisciplinar qualificada, buscando educar familiares e pacientes para o fortalecimento do auto cuidado, diminuindo, assim, o uso da rede hospitalar e aumentando significativamente a qualidade de vida, além de promover a articulação da Rede de Atenção à Saúde, viabilizando a continuidade do cuidado no domicílio e a redução do tempo de permanência do usuário no hospital. “O PAID e atende pacientes que demandam cuidados mais complexos, cuidados em casa, dentro desse atendimento nós englobamos procedimentos, consulta médica e treinamento ao cuidador”, explica o médico do PAID, Luís Gustavo Saladini.

O trabalho integrado e o cuidado compartilhado potencializam a eficácia e eficiência da rede de atenção à saúde.

A gestão do cuidado do paciente em atenção domiciliar é de certa forma complexa e exige a integração e interação de praticamente grande parte dos componentes da rede em saúde.

 “Sem o PAID não dá para ficar, não tem jeito. A hora que precisa, a gente liga lá, vem  o médico, ou vem toda semana a enfermeira, trocam as sondas na hora, não deixam passar nem um dia, e para gente é indispensável o atendimento do PAID, não tem como não ficar sem ele”, enfatizou o cuidador Ari Gonçalves Pinheiro.