Moraes rejeita ação do PL de Bolsonaro contra urnas e aplica multa de R$ 22 milhões
Presidente do TSE indeferiu representação do partido de Bolsonaro com base em um relatório questionando a credibilidade das urnas e ainda penalizou...
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou nesta quarta-feira (23) a ação protocolada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, solicitando que parte dos votos do segundo turno das eleições fossem anulados - o que favoreceria o ainda mandatário.
Na ação, o partido se baseou em um relatório de uma auditoria que contratou apontando que os votos de 279.336 urnas eletrônica de modelos anteriores ao do ano de 2020 deveriam ser anulados, sob a alegação de que elas teriam apresentado "mau funcionamento". O PL diz que, com a anulação desses votos, Bolsonaro teria vencido o segundo turno da eleição com 51%.
Logo depois, então, Moraes determinou que o PL entregasse em 24 horas também o número de urnas que deveriam ter os votos anulados no primeiro turno, já que os aparelhos foram os mesmos usados no segundo turno. A legenda, no entanto, insistiu em questionar apenas os resultados do segundo turno.
Em resposta, o presidente do TSE indeferiu a ação e aplicou multa de R$ 22.991.544,60 ao partido por "litigância de má-fé". O ministro ainda determinou a suspensão do Fundo Partidário dos partidos que compõe a coligação de Bolsonaro.
Segundo Moraes, não há na representação do partido de Bolsonaro "quaisquer indícios e circunstâncias que justifiquem a instauração de um verificação extraordinária".