Mulher é encontrada morta após denunciar agressões em relacionamento abusivo
A polícia está em busca de Leandro e informou que faz diligências para tentar localizá-lo...
Uma briga de casal terminou de forma trágica em São José da Tapera, interior de Alagoas. Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, de 26 anos, foi vítima de um crime brutal após discutir com o marido em uma festa de São João na cidade. Temendo por sua vida, ela gravou vídeos denunciando as agressões que sofria, mas acabou sendo morta a tiros por ele.
O corpo de Mônica foi encontrado sem vida na calçada do Fórum da cidade no início da manhã deste domingo (18), deixando para trás dois filhos pequenos, uma menina de 3 anos e um menino de 9 anos. As investigações apontam que o principal suspeito do crime é o marido dela, Leandro Pinheiro Barros, que fugiu em um Jeep.
A tragédia ganha contornos ainda mais dolorosos com os relatos contidos nos vídeos gravados por Mônica. Neles, ela expõe o relacionamento abusivo que vivia e faz um apelo emocionado para que outras mulheres não aceitem passar por essa mesma situação. Mônica relata agressões físicas e psicológicas por parte de Leandro, descrevendo um ambiente de violência constante.
No vídeo, Mônica também relata o episódio que desencadeou a briga fatal. Durante a festa, seu pai fez uma brincadeira que Leandro não gostou, resultando em uma discussão. Mônica destaca que seu marido já estava alterado pelo consumo de álcool, evidenciando um padrão preocupante de comportamento.
Com lágrimas nos olhos, Mônica deixa claro que, caso algo acontecesse com ela, o responsável seria seu marido, identificado como Leandro Pinheiro Barros, filho de José Milton. A coragem de expor sua situação difícil e a preocupação em alertar outras mulheres sobre os perigos dos relacionamentos abusivos são testemunhos da força e do desejo de mudança que infelizmente não foram suficientes para protegê-la.
O caso de Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves é um lembrete doloroso dos perigos enfrentados por muitas mulheres em relacionamentos abusivos. Sua voz corajosa ecoa além do trágico desfecho, servindo de alerta para que mais vidas sejam preservadas. É preciso combater a violência doméstica, oferecer apoio e criar mecanismos eficazes de proteção para que outras histórias como a de Mônica não se repitam.
A polícia está em busca de Leandro e informou que faz diligências para tentar localizá-lo. O corpo de Mônica foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia e posterior liberação para o sepultamento.