DH conclui inquérito sobre a morte de Daiane de Jesus; Policial penal e motorista são indiciados
As câmeras de monitoramento da região registraram todo o incidente, fornecendo provas cruciais para o trabalho da equipe da Delegacia de Homicídios...
O inquérito sobre a morte de Daiane de Jesus Oliveira, ocorrida em 28 de maio na Rua Paraná, no Centro de Cascavel, foi concluído após 52 dias de investigações pela Polícia Civil da cidade. A jovem, de 28 anos, faleceu após ser derrubada na via pública em frente à casa noturna e ser atropelada por um veículo Golf.
As câmeras de monitoramento da região registraram todo o incidente, fornecendo provas cruciais para o trabalho da equipe da Delegacia de Homicídios. De acordo com as investigações, um policial penal, que estava trabalhando como segurança na casa noturna, teria usado spray de pimenta nos olhos de Daiane, deixando-a momentaneamente cega. Em virtude disso, ela não conseguiu se levantar sozinha e sair da via rápida, o que resultou no atropelamento.
O motorista do veículo Golf, em seu depoimento, afirmou inicialmente que não percebeu ter atropelado uma pessoa e alegou ter passado sobre um objeto, possivelmente papelão ou um cachorro. No entanto, testemunhas relataram que ele acelerou ainda mais antes do impacto, indicando uma velocidade muito superior à permitida.
Com base nas provas e laudos periciais, o delegado indiciou o policial penal por homicídio doloso, com dolo eventual, pela ação que resultou na morte da vítima. Já o motorista do Golf foi acusado de homicídio culposo, com aumento de pena, por ter fugido do local sem prestar socorro. Os demais seguranças da casa noturna foram indiciados por omissão de socorro, pois não foram responsáveis diretos pelo acidente fatal.
A última perícia constatou que o automóvel que passou por cima da mulher transitava a 73km/h alguns metros antes, acima da velocidade máxima permitida na via, que é de 60km/h. O delegado também contou que algumas testemunhas disseram que o carro aumentou a velocidade ao se aproximar de Daiane. A morte de Daiane foi causada por traumatismo cranioencefálico, e o corpo ficou completamente esmagado sob o veículo.
O caso será encaminhado ao Ministério Público, que provavelmente levará os acusados a julgamento no Júri Popular. Até o momento, ninguém foi preso, pois os envolvidos não atrapalharam a investigação, não possuem antecedentes criminais e não representam risco de fuga, conforme a avaliação da Delegacia de Homicídios.
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