Professores estariam arcando com despesas na educação à distância, diz vereador
Segundo ele, professores da rede municipal o procuraram queixando-se de que têm que arcar com a compra de papel, cartuchos de tinta e até mesmo impressoras...
O vereador Rafael Brugnerotto (PL) protocolou um requerimento solicitando da Secretaria de Educação informações sobre o material de apoio oferecido aos alunos no sistema de educação à distância durante a pandemia. Segundo ele, professores da rede municipal o procuraram queixando-se de que têm que arcar com a compra de papel, cartuchos de tinta e até mesmo impressoras.
No Requerimento nº 238/2020, o parlamentar questiona se há uma cota diária de impressão de material de apoio para cada professor e qual seria essa cota por aluno. Ele também quer saber se, caso as impressões ultrapassem a cota, o professor seria obrigado a bancar as despesas ou a escola faria isso. Por fim, Brugnerotto, indaga se a estipulação de cotas não limita a qualidade do ensino e se a qualidade de vida do professor não é afetada por ter que “suportar economicamente o material de apoio de suas aulas”.
Ele diz ter sido informado por um dos professores de que o mesmo estaria bancando aproximadamente 160 impressões por turma e que, no final do mês, o gasto com recarga de cartuchos e compra de papel tem extrapolado seu orçamento. “Ao questionar a diretora da escola, ela disse que existe uma cota de duas páginas por aluno, cabendo ao professor arcar com o que ultrapassar a cota. No entanto, cada atividade normalmente demanda três ou quatro páginas, extrapolando sempre a cota determinada. E o professor, pensando no aluno, acaba tendo gastos consideráveis”, conclui Brugnerotto.