quarta-feira, 23 de abril de 2025

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Paraná

Operação da PCPR e MPPR desmantela organização criminosa que distribuía drogas em quatro estados

A ação envolve o cumprimento de 101 ordens judiciais, incluindo dez mandados de prisão preventiva, 45 de busca e apreensão...

Uma operação conjunta da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e do Ministério Público do Paraná (MPPR) está em curso desde as primeiras horas desta terça-feira (8) com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa responsável pela distribuição de drogas em quatro estados brasileiros: Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e região Nordeste. Estima-se que o prejuízo causado ao crime organizado durante as investigações ultrapasse a cifra de R$ 28 milhões.

A ação envolve o cumprimento de 101 ordens judiciais, incluindo dez mandados de prisão preventiva, 45 de busca e apreensão, além do sequestro de 28 bens (20 móveis e oito imóveis). Também estão sendo bloqueadas 17 contas-correntes relacionadas à organização criminosa e afastado um policial civil do Estado de São Paulo, suspeito de integrar o grupo.

As cidades alvos da operação são Toledo, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste e Curitiba, no Paraná; Balneário Camboriú, Camboriú e Içara, em Santa Catarina; e Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

As investigações de alta complexidade tiveram início em março de 2023, após a apreensão de aproximadamente 2 toneladas de maconha dentro de um caminhão frigorífico, em uma ação conjunta da PCPR e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A substância ilícita estava oculta em um fundo falso no interior do veículo.

A partir dessa apreensão, a PCPR efetuou um mandado de busca e apreensão em uma chácara utilizada pelo grupo criminoso para o carregamento da droga, localizada em Toledo, Oeste do Estado. No local, foi encontrado um segundo caminhão frigorífico com fundo falso, além de uma grande quantidade de munição de fuzil e um bunker sob um chiqueiro de porcos, onde a droga era armazenada.

Após meses de investigações, diversos suspeitos envolvidos nos crimes foram identificados. A organização criminosa agia de forma organizada, com divisão de tarefas, carregando a droga na região dos Lagos do Iguaçu e distribuindo para as localidades mencionadas.

De acordo com a PCPR, os criminosos utilizavam caminhões com cargas frigorificadas para o transporte da droga, aproveitando-se da dificuldade de fiscalização, pois o rompimento do lacre poderia comprometer o produto. Os caminhões seguiam para o carregamento nas empresas já contendo a droga em fundos falsos, sem o conhecimento do embarcador, e com as notas fiscais do produto lícito.

As investigações também revelaram que os membros da organização criminosa ocultavam os lucros provenientes do comércio de drogas por meio da aquisição de bens móveis e imóveis.

A operação, que durou quatro meses, gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 28 milhões para os criminosos, com mais de R$ 20 milhões em bens que serão objeto de sequestro durante a operação, cerca de R$ 700 mil em bens apreendidos durante as investigações e aproximadamente R$ 7 milhões em drogas apreendidas.

Os líderes da organização criminosa viviam um padrão de vida elevado, exibindo apartamentos e casas milionárias, viagens, carros de luxo e veículos aquáticos.

Os indivíduos envolvidos podem responder por organização criminosa, tráfico de drogas e associação ao tráfico, com pena que pode chegar a 38 anos de reclusão, além do crime de lavagem de dinheiro, que prevê pena de até dez anos de reclusão para cada conduta perpetrada.

Via: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação

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