Indústria Inteligente é o nome de projeto inédito lançado oficialmente na noite de terça-feira pela AcicLabs em parceria com a Fundetec e o Sebrae. Em um projeto-piloto, seis indústrias locais vão ser selecionadas para melhorar seus processos a partir da metodologia Lean Manufacturing. Desenvolvida no Japão ela combate o desperdício e amplia resultados por meio da organização e produtividade.
Antes de acesso aos detalhes de como o projeto será aplicado e acompanhado nas indústrias participantes, os presentes conheceram mais sobre duas indústrias referências em suas áreas em Cascavel. O industrial Francisco Carlos Strzalkowski, vice-presidente da Acic para Assuntos da Indústria, falou da Carelli, empresa com 67 anos de tradição. Ele abordou sobre mudanças adotadas ao longo dos anos, inovações, busca de novos mercados e capacitações contínuas para enfrentar adversários poderosos.
Mesmo colocando a indústria brasileira como das mais competitivas, Carlos falou da falta de uma política governamental mais assertiva para o setor que, em vez de tornar seus custos mais elevados, possa, de fato, incentivar o setor. “Quando vamos importar máquinas, que são caras, há taxação excessiva, o que dificulta e retarda projetos”. O industrial citou a necessidade de linhas de crédito robustas com taxas justas e prazos mais longos. Ele falou também de mudanças na formação de mão de obra e na forte presença de jovens em funções mais associadas à tecnologia.
O economista e professor Ronaldo Bulhões comentou sobre indústria de vidros para cabines de máquinas agrícolas e pesadas, que é fornecedora de grandes empresas nacionais do segmento. Bulhões citou o grau de precisão exigido na produção de vidros curvados e dos investimentos, feitos na própria indústria, em fornos e tecnologias que possam colocar a empresa entre uma das melhores de sua área de atuação. A América Latina Vidros é adepta de programas de eficiência e os resultados alcançados são muito bons, segundo ele.
Projeto-piloto - O consultor e especialista em Gestão de Projetos Wesley Paulino Coelho vai coordenar a execução do projeto, que começará em novembro e deverá se estender por oito meses. A finalidade é o desenvolvimento da indústria a partir do lean, proporcionando a transformação da cultura e da produtividade da indústria. Citando o Oeste como um celeiro de indústrias referências em muitas áreas, Wesley disse que sem incentivar as pessoas não há criatividade e muito menos inovação.
Os pilares do lean são a capacitação tecnológica, economia e promoção do uso eficiente dos mais diferentes recursos. O método é originário do Japão que, segundo Wesley, já estava em dificuldades financeiras antes de receber ataque com duas bombas nucleares, na 2ª Guerra Mundial. O país, destroçado, precisava se reinventar e esses novos conceitos de produção industrial ajudaram a tornar o Japão na potência que é hoje.
O trabalho vai ser concentrado na capacitação da equipe, modernização, networking e sustentabilidade. Wesley falou das etapas do projeto nas indústrias: conhecer a metodologia, diagnóstico lean, entendendo as ferramentas lean, acompanhando os projetos e finalizacão desses.
Para participar, os requisitos são compromisso, envolvimento das pessoas, processos, controle, mudança e visão de longo prazo. E entre os resultados esperados, estão: equipe qualificada, melhoria do ambiente de trabalho, padronização, ganhos de 10% a 20% de produtividade em determinada tarefa, eficiência e continuidade. O custo para participar do projeto é considerado bastante acessível. Inscrições no https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfjcV3ctWCpg8Oz18DZfJVRc4O6JjYHuk-tybburhaRZovvxw/viewform
Via: Assessoria Acic - Foto: Divulgação
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