Safra de verão deve ter aumento de plantio de soja, no Paraná
A safra de verão 2023/2024 deve ter, mais uma vez, aumento do plantio de soja....

Aumento da produção, ano após ano, deve-se, em parte, aos engenheiros agrônomos, que trabalham para garantir alimentos nutritivos e saudáveis à população; há mais de 20 mil profissionais registrados no Crea-PR
A safra de verão 2023/2024 deve ter, mais uma vez, aumento do plantio de soja. De acordo com projeção do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), aponta para uma elevação na área de soja e redução no milho. A previsão inicial é que as lavouras de soja e milho somem mais de 6,2 milhões de hectares, com a perspectiva de colheita de 25,4 milhões de toneladas.
O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense cresceu 9,16% no primeiro trimestre de deste ano e boa parte da expansão deveu-se ao setor agropecuário, que contribuiu com 38,32%. O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do Paraná atingiu, em 2021, R$ 180,6 bilhões, avançando, em média, 5% ao ano desde 2012.
O aumento da produção agrícola deve-se à profissionalização dos produtores, às novas cultivares e equipamentos. Mas, há outro integrante na equação que soma números gigantescos: os engenheiros agrônomos.
“Com a crescente demanda por alimentos, o setor agrícola tem se tornado cada vez mais importante. Nesse contexto, o engenheiro agrônomo é um profissional fundamental para o sucesso do produtor rural. Ele é responsável por planejar, gerenciar e executar atividades relacionadas à produção agrícola, desde a escolha das sementes até a colheita e comercialização dos produtos”, ressalta o Engenheiro Agrônomo Orley Jayr Lopes, de Francisco Beltrão, coordenador da Câmara Especializada de Agronomia (CEA) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CEA).
Orley levanta outro aspecto importante: o sucesso da produção começa antes mesmo do plantio. “Hoje, o foco está nas tecnologias para implantação das culturas, sejam elas extensivas (como as lavouras de grãos) ou intensivas (os hortifruti). Além disso, colheita, transporte, armazenamento e beneficiamento precisam de muita atenção e os Engenheiros Agrônomos são profissionais capacitados para contribuir com a cadeia produtiva, para que os alimentos cheguem à população com qualidade, rastreabilidade e em quantidade suficiente para atender à demanda.”
Para o coordenador da CEA do Crea-PR, as orientações de um Engenheiro Agrônomo podem aumentar a produtividade da propriedade, reduzir os custos de produção e melhorar a qualidade dos produtos. “Contar com os serviços de um Engenheiro Agrônomo pode ser uma vantagem competitiva para o produtor rural”, afirma.
Agricultura sustentável - Cesar Davi Veronese, engenheiro agrônomo de Cascavel, Conselheiro do Crea-PR e presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (FEAPR) observa que as transformações na Agronomia, décadas atrás, eram lentas, mas que o cenário mudou. “Os Engenheiros Agrônomos estão envolvidos nas novas tecnologias, novas cultivares e com a tendência que chegou para ficar, os chamados bioinsumos [ou insumos biológicos, produtos naturais à base de micro e macroorganismos para a produção, o armazenamento e/ou o beneficiamento]. Os Engenheiros Agrônomos têm papel importante na demanda por uma agricultura sustentável”, pontua.
Veronese, que é gestor de fiscalização da CEA do Crea-PR, acrescenta ainda a utilização crescente de drones, que aliados a aplicativos, estão revolucionando tarefas como o mapeamento de áreas, a conservação de solo e a pulverização de defensivos. “Tarefas que antes levavam cerca de 60 dias passaram a ser feitas em 15 dias, com mais precisão.”
Novo perfil - As rápidas transformações que estão chegando ao campo exigem um novo perfil de Engenheiro Agrônomo, segundo Cesar Veronese. “Com as tecnologias que não param de surgir, o mercado tem procurado profissionais especializados e adaptados a essa realidade. Isso exige preparação e capacitação constante para a pesquisa, a difusão de conhecimentos e a assistência técnica. Quem tiver vontade, amor pela Agronomia e se especializar, terá futuro promissor”, prevê Veronese.
Números - Segundo dados do Crea-PR, há mais de 20 mil Engenheiros Agrônomos no Estado. Desses 18.609, 84,7% são homens e 15,3% são mulheres.
Distribuição dos profissionais pelas Regionais do Crea-PR:
Curitiba - 24,76%;
Maringá - 17,87%;
Cascavel - 15,58%;
Londrina - 14,18%;
Guarapuava - 7,83%;
Pato Branco - 7,46%;
Ponta Grossa - 7,22%;
Apucarana - 5,09%.
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