Cascavel

Cinco das dez doenças que mais matam no mundo tem relação com a alimentação de má qualidade

Em outubro, datas chamam atenção para importância da alimentação saudável e prevenç...

17 out 23 - 15h42 Redação SOT
Cinco das dez doenças que mais matam no mundo tem relação com a alimentação de má qualidade

É por meio da alimentação de qualidade que sustentamos nosso corpo e proporcionamos a ele os nutrientes necessários para seu bom funcionamento. Mas com a rotina cada dia mais agitada e por vezes até frenética em que vivemos, ações básicas para manter nossa saúde ficam em segundo plano. A alimentação é uma delas. Quem nunca trocou o almoço por um lanche que em nada se compara ao valor nutricional de um bom prato de comida? 

Situações isoladas talvez não tragam tantos prejuízos à nossa saúde, mas os hábitos alimentares podem estar associados ao diagnóstico de uma série de doenças. “Das 10 doenças que mais matam no mundo, metade está associada à alimentação de má qualidade, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular, obesidade, diabetes Mellitus e alguns tipos de câncer, como de próstata, intestino e mama”, alerta a coordenadora de nutrição do Policlínica Hospital de Cascavel, Jessica Menin. 

A alimentação deve ser foco de atenção em todas as fases da vida e a recomendação é que haja o acompanhamento de um profissional nutricionista, garantindo que os alimentos ingeridos sejam ideais para cada indivíduo de acordo com a rotina e as características de cada um. 

Mas é na terceira idade que o acompanhamento e cuidado com a nutrição devem ser inegociáveis. “A alimentação nesta fase da vida deve seguir os 10 passos para uma alimentação saudável, que constam no Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde do Brasil em parceria com a Organização Mundial da Saúde. Alguns deles são: utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades; limitar o consumo de alimentos processados; evitar os ultraprocessados e dar preferência a alimentos in natura, entre outros. Essa alimentação deve ser associada à suplementação de vitamina D, cálcio e proteína. Lembrando sempre que esta suplementação precisa ser acompanhada por um profissional”, ressalta a nutricionista. 

Aumento da obesidade - Além das doenças, a má alimentação também leva à obesidade. Um levantamento realizado pela Universidade Federal de Pelotas em parceria com a organização global de saúde pública aponta números que mostram que o percentual de obesidade entre os jovens brasileiros com idade entre 18 e 24 anos aumentou 90% em um ano. Em 2022, 9% dos jovens brasileiros nessa faixa etária tinham índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 30, o que configura obesidade. Já em 2023, esse percentual saltou para 17,1%. 

Os dados fazem parte do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia. “Com a pandemia, observou-se um aumento expressivo no número de indivíduos acometidos por sobrepeso e obesidade nos diversos níveis da patologia, devido aos altos níveis de estresse gerados pelo medo, insegurança e sensação de impotência que a situação nos trouxe” explica a nutricionista do Policlínica Hospital de Cascavel, Jessica Menin. 

E diante de números alarmantes, a profissional elenca recomendações que devemos adotar para manter ou retomar uma vida e peso saudáveis após passar pela pandemia ou outras situações que nos causem emoções semelhantes. “Para que todo esse contexto não seja extravasado no alimento, há uma série de estratégias como delimitar uma rotina, respeitando horários de sono, lazer, trabalho. Exercitar-se na medida do possível, buscar apoio profissional para encarar e lidar com as emoções. E o mais importante: permitir-se com moderação nas refeições. Seguir um plano alimentar não deve ser algo que traga pesar ou insatisfação, mas que nos auxilie a manter a nossa saúde e bem-estar ", aconselha.

Via: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação


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