
Uma situação de cárcere privado e condição análoga à escravidão foi descoberta pela Polícia Militar na cidade de Tapira. Dois jovens paraguaios, de 17 e 22 anos, conseguiram fugir e buscaram ajuda policial em Ivaté, trazendo à tona uma realidade alarmante.
Os paraguaios chegaram à cidade vizinha por volta das 20h50 de sábado (3), após caminharem da cidade de Tapira até Ivaté. Alertados por populares, os policiais foram acionados para averiguar a situação.
Os dois jovens relataram aos militares que estavam vivendo uma situação de escravidão moderna, obrigados a trabalhar em roças de mandioca sem receber salário ou quaisquer benefícios trabalhistas. Além disso, eram impedidos de sair livremente e tinham sua alimentação severamente restrita. Diante dessas condições desumanas, decidiram fugir em busca de ajuda.
Identificados como provenientes das cidades paraguaias de Caaguazu e Yhu, respectivamente, os jovens foram parte de um grupo que teria sido levado de Guaíra em ônibus. A Polícia Militar relatou que uma operação já estava em curso durante a semana, visando uma propriedade rural onde trabalhadores estavam submetidos à mesma situação.
Os paraguaios resgatados foram encaminhados à Delegacia de Umuarama, onde serão ouvidos para que sejam tomadas as medidas necessárias. O destino deles, incluindo a providência de abrigo e assistência adequada, será decidido após os procedimentos legais. A descoberta desse caso traz à tona a necessidade de combate contínuo ao trabalho escravo, um flagelo que persiste em pleno século XXI.
Via: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação/Shutterstock
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