A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), especialmente durante o Carnaval. Para reforçar os cuidados, a Sesa já distribuiu para os 399 municípios 840 mil preservativos, 100 mil géis lubrificantes, 4,5 mil autotestes para diagnóstico de HIV e 32,5 mil testes de HIV/Sífilis e hepatites virais.
As ISTs são causadas predominantemente pelo contato sexual com uma pessoa infectada – e algumas das causas de maior procura no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo dados da Sesa, somente no ano passado foram identificados 2.243 novos casos de HIV e 834 de Aids no Paraná. “Neste período intensificamos as ações e as orientações, proporcionando um atendimento resolutivo e de qualidade em toda a rede pública estadual de saúde. Queremos que os paranaenses possam aproveitar esse feriado com muita alegria, diversão e principalmente segurança, evitando as ISTs”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Para a prevenção específica do HIV, existem ainda a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP). A PrEP é um método de prevenção à infecção e consiste na tomada de comprimidos antes da relação sexual, impedindo que o vírus infecte o organismo. Já o PEP é o uso de medicamentos antirretrovirais após um possível contato com o HIV. Ambos estão disponíveis no SUS e podem ser solicitados nos serviços de saúde do Estado.
As estratégias de prevenção combinada também fortalecem as ações da Sesa. “A prevenção combinada associa diferentes estratégias e metodologias, visando considerar as particularidades de cada cidadão e sua sociedade individualmente. Essa abordagem personalizada permite que a prevenção do HIV seja mais assertiva”, disse a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.
MPOX – Além destas doenças, a secretaria também orienta sobre os cuidados com a Mpox. Os primeiros casos da doença foram registrados no Paraná em julho de 2022. Ao todo, naquele ano foram diagnosticados 296 casos. Já em 2023, a Sesa computou 45 diagnósticos.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o contato direto da pele com lesões durante a atividade sexual pode propagar o vírus. Por isso, a recomendação é a utilização de preservativos e a vacinação.
O imunizante que previne a Mpox está disponível para pessoas que vivem com HIV, homens cisgenêro, travestis, mulheres transexuais com 18 anos ou mais, profissionais de laboratório que trabalhem diretamente com a manipulação do vírus, indivíduos que fazem uso de PrEP e PEP, após exposição de pessoas que tiveram contato de médio ou alto risco com caso suspeito provável ou confirmado para a doença.
“Embora o número de casos do ano passado seja menor do que os registrados em 2022, não podemos deixar de tomar os cuidados necessários para evitar a infecção pela doença. Em caso de suspeita, indicamos que o cidadão procure imediatamente um serviço de saúde e solicite um teste”, destacou a chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Sesa, Mara Franzoloso.
Via: Agência de Notícia do Paraná - Foto:
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