Corbélia registra primeiro caso de coqueluche em recém-nascido e alerta para surto estadual
A infecção, confirmada em consulta particular em Cascavel, acende o alerta para o aumento significativo de casos da doença no Paraná em 2024.

Corbélia (PR), 06 de agosto de 2024 – A Secretaria Municipal de Saúde de Corbélia confirmou nesta sexta-feira, 06, o primeiro caso de coqueluche em um recém-nascido de um mês de idade. A infecção, confirmada em consulta particular em Cascavel, acende o alerta para o aumento significativo de casos da doença no Paraná em 2024.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SESA), houve um aumento de 500% nos casos de coqueluche no estado em comparação ao ano anterior. A falta de vacinação e a chegada de imigrantes de países com menor cobertura vacinal são apontados como os principais fatores para esse cenário.
A coqueluche, doença altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, é caracterizada por crises de tosse seca e pode ser fatal em crianças pequenas. A vacinação, tanto durante a gestação quanto na infância, é a principal forma de prevenção.
Diante do aumento dos casos, a Secretaria Municipal de Saúde de Corbélia instituiu um Comitê de Avaliação de Vacinação de Alta Qualidade, com o objetivo de intensificar as campanhas de imunização e garantir que todas as crianças estejam protegidas.
NOTA – CASO DE COQUELUCHE
A Secretaria de Saúde do Município de Corbélia informa o primeiro caso confirmado por coqueluche no município. Trata-se de um recém-nascido, que foi infectado com apenas 1 mês de vida. A consulta e confirmação da contaminação ocorreram em atendimento particular na cidade de Cascavel. A comunicação do caso à Secretaria foi feita pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e, imediatamente, a Secretaria Municipal deu início à busca ativa de familiares próximos e providências necessárias.
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria (Bordetella Pertussis) e está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse seca. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, pode levar à morte.
A SESA informa que houve um aumento de 500% nos casos da doença no Paraná em 2024, comparado ao ano de 2023, com complicações e registro de óbitos em crianças menores de 1 ano de idade.
Este aumento justifica-se por alguns agravantes, mas as principalmente a não vacinação e a grande número de imigrantes de países que não dispõe de um programa de Imunização, acarretando o aparecimento de doenças que antes eram esporádicas ou que ainda estavam erradicadas.
A proteção contra a coqueluche começa ainda durante a gestação, com a vacinação da mãe a partir da 20ª semana, podendo ser aplicada até 45 dias após o nascimento do bebê (puerpério), além da vacinação das crianças segundo o
Esquema vacinal de Imunização do SUS. A imunização contra a doença nas crianças ocorre por meio da vacina Pentavalente (que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo B) e da vacina DTP (contra difteria, tétano e coqueluche). A vacina pentavalente deve ser aplicada em três doses, sendo aos dois, quatro e seis meses de vida, enquanto a DTP é ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Informamos ainda, que nesta segunda-feira, dia 5, a Secretaria Municipal de Saúde implantou o Comitê de Avaliação de Vacinação de Alta Qualidade, que atuará com uma força-tarefa para aumentar as coberturas vacinais de imunizantes que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação, com foco especialmente em crianças e adolescentes.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que a principal forma de prevenção da doença é a vacinação, que está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município. Todas as Unidades estão trabalhando com estratégias extras para a busca ativa das crianças e público alvo que necessitam regularizar suas carteirinhas de vacinação.
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