O Paraná reúne todas as condições para se transformar na segunda força industrial do Brasil, disse no último sábado na Acifi, em Foz do Iguaçu, o presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), Edson José de Vasconcelos. Durante a reunião do Conselho Deliberativo da Caciopar, formado por presidentes de associações comerciais do Oeste, Edson informou que é preciso conhecer o cenário a fundo para, então, desenvolver ações capazes de combater as fragilidades detectadas.
“O Paraná, que hoje ocupa a quarta posição nacional como estado mais industrializado, tem condições de ultrapassar Rio de Janeiro e Minas Gerais, ficando atrás apenas de São Paulo. Mas, para isso, é necessário criar estratégias para enfrentar gargalos e permitir avanços em toda essa área”, destacou Edson, que apresentou números detalhados da indústria. O setor responde por 35,7% do PIB do Rio de Janeiro, 34,3% do mineiro, 27,4% do paranaense, 24,1% do gaúcho e 23,1% do de São Paulo.
Com R$ 166,2 bilhões anuais, o PIB do Paraná representa 6,8% do nacional, enquanto o de São Paulo é de R$ 850 bilhões. De 2011 a 2021, o Oeste foi a região com maior crescimento na área industrial, de 178,6%. Os Campos Gerais cresceram 158%, o Noroeste 105%, o Sudoeste 93,6% e Curitiba e Região Metropolitana 86,7%. Há vários fatores que permitem projetar o avanço industrial do Paraná, conforme Edson Vasconcelos, entre eles infraestrutura, porto, conexões rodoviárias e diversificação econômica. “Mesmo assim, há necessidades de melhorias”.
Segmentos
A indústria de alimentos responde por 33% do PIB industrial do Estado, a do vestuário têxtil e couro 9,7%, a de veículos 5,7%, a de produtos de metal 5,7%, a de móveis 5,3% e a de máquinas 5,1%. A indústria de transformação gera mais de 700 mil empregos. Anualmente, o Paraná exporta US$ 25 bilhões anuais principalmente para Estados Unidos, China, Argentina, Japão, Coreia do Sul, Uruguai e Itália. Estudo da ONU indica como será a densidade demográfica mundial em 2050 e 2100. Daqui a 26 anos, a população mundial será de 9,7 bilhões e em 2100 chegará a 10,3 bilhões.
O africano será o continente que mais crescerá, enquanto os outros terão retração. “Tudo isso precisa ser considerado nas estratégias comerciais brasileiras”, comentou o presidente da Fiep. O Brasil também vai perder população. Em 2100 serão quase 50 milhões de habitantes a menos, devendo somar 184,5 milhões daqui a 76 anos. O auge populacional do Paraná será em 2045, quando terá 12,5 milhões de habitantes, mas também encolherá.
Desafios
Para que o Estado chegue a segunda potência precisa enfrentar desafios nas áreas de infraestrutura, empregabilidade, inovação e tecnologia, mercado, energia, entre outros. Para o Brasil melhorar seu desempenho, os obstáculos a superar são semelhantes aos do Paraná. Atualmente, o parque industrial brasileiro está sucateado, afirmou Edson Vasconcelos, lembrando que o Custo Brasil, atualmente, é de R$ 1,7 trilhão por ano. A abertura de crédito às empresas, para que possam atualizar seus parques fabris é uma das urgências apontados em estudos técnicos elaborados pela Fiep.
Edson apresentou informações também sobre a Ferroeste e a concessão de rodovias. Comandado pela presidente do Conselho Deliberativo, Anaide Holzbach, e pelo presidente da Caciopar, Lucas Ghellere, o encontro de sábado, na Acifi, contou com as presenças também de diretores da Indústria das associações integradas à Caciopar, do diretor da Indústria da Coordenadoria, Marcos Frazão, do presidente da Acifi de Foz, anfitriã da reunião, Danilo Vendruscolo e de Flávio Furlan, candidato à sucessão de Fernando Moraes na Faciap. “Estou preparado para o desafio e, juntos, vamos construir uma Federação ainda melhor e conectada à realidade das nossas regiões”. A eleição será durante o Congresso Empresarial da Faciap, em novembro, em Foz do Iguaçu.
Via: Assessoria Caciopar - Foto: Divulgação
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