A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) foi fundada oficialmente em 18 de agosto de 1944, data em que o Ministério do Trabalho assinou a Carta Sindical autorizando a criação da entidade. Foi a conclusão de um processo que começou em 1943. Primeiro, com a criação do Senai Paraná, fundado em 12 de março daquele ano para capacitar profissionais para uma indústria que começava a se desenvolver no estado.
Já em 28 de outubro de 1943, foi realizada uma reunião com o objetivo de formatar uma federação de sindicatos que representasse institucionalmente esse setor industrial do estado. A ocasião foi marcada pelo início dos debates para definir o estatuto da nova entidade e pela escolha do empresário da indústria gráfica Heitor Stockler de França como primeiro presidente da Fiep. Uma mobilização que culminou com a concessão da Carta Sindical, no ano seguinte.
Tudo isso só foi possível graças aos esforços e à união das lideranças ligadas aos nove sindicatos fundadores da Fiep, que representavam as indústrias da Madeira (Simadeira), do Mate (Sindimate), da Panificação e Confeitaria (Sipcep), de Cacau, Balas e Massas Alimentícias (Sincabima), de Alfaiataria (Sindialfa), de Lacticínios e Derivados (Sindileite), das Gráficas (Sigep), de Artefatos de Couro (Sindicouro) e das Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Sindimetal).
Era ainda uma indústria em fase inicial de desenvolvimento, baseada em setores extrativistas ou com baixa agregação de valor. A partir de então, a Fiep liderou o processo de expansão de estruturas de apoio ao setor industrial. Inicialmente, com o próprio Senai, já em plena atividade, ampliando sua atuação para o interior do estado nos anos seguintes. Depois, a partir de 1946, também com o Sesi, que se dedica a melhorar a vida dos trabalhadores e suas famílias. Uma estrutura que ganhou ainda mais força a partir de 1969, com a criação do IEL no Paraná, completando o que se conhece por Sistema Fiep.
A indústria paranaense hoje - A Fiep chega a seus 80 anos tendo desempenhado papel decisivo na defesa dos interesses do setor, contribuindo de maneira significativa para a consolidação dos diferentes ciclos de crescimento e diversificação da indústria paranaense ao longo dessas oito décadas. Um segmento que hoje é fundamental para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do estado. Atualmente, são 37 segmentos industriais em atividade Paraná, totalizando quase 76 mil empresas que estão sob a representação institucional da Federação – incluindo indústrias de transformação, da construção civil, extrativas, de serviços industriais de utilidade pública e de outros serviços industriais.
Empresas que geram mais de 1 milhão de empregos diretos, sendo responsáveis por boa parte da renda e das riquezas produzidas no Paraná. Hoje, a indústria paranaense movimenta R$ 130,1 bilhões anualmente, o que representa 27,4% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Esse montante equivale também a 6,5% do PIB Industrial brasileiro, o que coloca o parque fabril paranaense como o quarto principal do país, atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. E, quando se considera apenas a indústria de transformação, o Paraná sobe para a terceira colocação.
Entre os principais setores em termos de Valor Bruto de Produção (VBP) estão os de fabricação de alimentos, veículos automotores, produtos químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis, máquinas e equipamentos e celulose e papel. Já entre os maiores empregadores estão os de alimentos, construção de edifícios, serviços especializados para construção, vestuário e têxtil, obras de infraestrutura, produtos de metal, veículos automotores, móveis, máquinas e equipamentos e produtos de madeira. Juntos, esses setores respondem por cerca de 70% dos empregos formais da indústria paranaense.
Em volume de produção, a indústria do Paraná também se destaca com alguns dos principais polos nacionais de itens específicos. Ocupa o primeiro lugar nas produções de carne de frango e de tilápia, além de madeira para papel e celulose e produtos de madeira. Já nas produções de suínos, leite, veículos, produtos de base florestal e celulose e papel, o estado é o segundo maior fabricante do país. Também são relevantes, como terceiros maiores polos nacionais, os setores de máquinas e equipamentos, aparelhos e materiais elétricos, móveis e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis. O setor industrial paranaense também se destaca nas exportações, colocando o estado na liderança nacional das vendas para outros países de carnes e de madeira serrada e compensado.
O melhor lugar para a indústria - Mesmo exaltando a importância atual do setor, a Fiep chega a seus 80 anos com a certeza de que a indústria pode contribuir muito mais para o desenvolvimento socioeconômico do estado. Para isso, a atual diretoria da Federação reformulou a missão da entidade, destacando a prioridade de promover, representar e defender a indústria paranaense, em busca da melhor competitividade e desenvolvimento sustentável. Mais do que isso, estabeleceu um propósito claro para sua atuação: transformar o Paraná no melhor lugar para a indústria no Brasil.
Para alcançar essas metas, a atual gestão tem colocado em prática uma série de ações com o objetivo de fortalecer os 108 sindicatos que são filiados à Federação atualmente e reaproximar a entidade das indústrias de todo o estado. A intenção é entender as necessidades de cada setor e de cada região, e obter subsídios para a construção de uma proposta de política industrial efetiva para o Paraná. Uma política que ajude o setor a superar inúmeros desafios que hoje comprometem seu pleno desenvolvimento, que melhore as condições de competitividade e torne o estado ainda mais atrativo para investimentos produtivos.
Entre as ações implantadas pela Fiep em 2024 está a criação dos Fóruns e dos Conselhos Regionais da Indústria. Abrangendo todas as regiões do estado, essa inciativa tem o objetivo de aumentar a representatividade das indústrias, levantar as principais demandas de acordo com as especificidades regionais e buscar soluções para que o setor cresça em todo o estado. Também houve a remodelação dos Conselhos Temáticos e Setoriais da entidade, que são canais permanentes de diálogo da Fiep com a indústria. Esses grupos estabeleceram 279 macro-objetivos, que indicam quais são suas principais frentes de atuação e que estão sendo desdobrados em milhares de ações para reforçar a defesa dos interesses do setor industrial paranaense.
Dentro desse processo, a diretoria da Fiep também tem promovido mobilizações para debater temas cruciais para que a indústria possa seguir se desenvolvendo no Paraná. Entre eles, a necessidade de um planejamento efetivo na área de infraestrutura de transportes, com o objetivo de fazer com que a capacidade logística do estado acompanhe o crescimento do setor produtivo. A Federação realizou um estudo sobre as projeções futuras das movimentações de cargas e promoveu diversas reuniões com diferentes atores envolvidos nessa questão – incluindo industriais, lideranças empresariais, grandes embarcadores e representantes do poder público – para discutir ações em curto, médio e longo prazos.
Outra área essencial para o futuro da indústria é a geração e fornecimento de energia. Por isso, a Fiep recentemente firmou uma parceria com a Copel para a elaboração do Mapa Energético do Paraná. A intenção é reunir dados e informações sobre a produção, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica no estado e traçar um perfil do crescimento previsto para os próximos 10 anos.
Essas são mais algumas provas de que, ao longo das décadas, a Federação evoluiu, adaptando-se às mudanças econômicas e tecnológicas, sempre com o compromisso de apoiar a indústria paranaense. Mais do que isso, como sua legítima representante, tem sido uma voz ativa na defesa dos interesses do setor. Com 80 anos, a Fiep se destaca como uma entidade forte e visionária, pronta para enfrentar os desafios futuros e continuar contribuindo para o crescimento e a prosperidade da indústria e do estado do Paraná.
Via: Assessoria Acic - Foto: Divulgação
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