Vídeo de abordagem policial em propriedade rural gera polêmica no Paraná; Segurança Pública comenta
A Polícia Militar do Paraná ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.
Um vídeo que circula nas redes sociais tem gerado debates sobre o uso da força policial em uma propriedade rural localizada na localidade de Corujas, interior do município de Reserva do Iguaçu, no Paraná. As imagens mostram policiais militares e da Rotam imobilizando um homem, enquanto uma idosa é ouvida gritando desesperadamente.
O jornalista Vandré Dubiela do O Paraná, conversou por telefone na manhã desta sexta-feira, com o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, que justificou a ação policial, alegando que os agentes foram recebidos com desacato e ameaças ao cumprir um mandado de prisão contra o irmão do homem imobilizado.
“As imagens realmente causam um impacto no primeiro momento, mas a sociedade precisa saber, antes de qualquer juízo, como os policiais foram recepcionados na propriedade para cumprir um mandato contra o irmão do homem que aparece sendo mobilizado pelos policiais”, relata o secretário. “Ele desacatou os policiais na porteira da propriedade e os ameaçou”, conta. Nas imagens, parece se tratar de um idoso, mas, na verdade o homem que é contido pelos policiais tem 52 anos. Foram precisos seis policiais para conter a resistência do homem à prisão. “O homem tem outras passagens pela polícia”, conta.
A resistência do homem à prisão exigiu a intervenção de seis policiais e, em determinado momento, ele apresentou sinais de mal-estar, sendo socorrido e encaminhado à delegacia após atendimento médico.
O homem que era procurado pela polícia também se manifestou em outro vídeo, negando as acusações e alegando ser vítima de perseguição. O advogado do homem imobilizado, por sua vez, denunciou o uso excessivo da força policial, comparando a ação à forma como se trata um animal. Ele conseguiu a liberdade provisória de seu cliente.
O caso gerou repercussão nas redes sociais e levanta questionamentos sobre a conduta dos policiais e os limites do uso da força em situações como essa. A Polícia Militar do Paraná ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.