Estudioso de temas que analisam o comportamento e as atitudes humanas, Eduardo Berndt tocou em pontos determinantes para a compreensão de alguns dos mais dolorosos e trágicos episódios da história humana. Durante o último encontro da Caciopar em 2024, ele lançou luz sobre o extermínio de judeus na 2ª Grande Guerra Mundial e também que ajudam a entender porque certas situações de violência ocorrem ainda hoje, por mais cruéis e desprezíveis que sejam.
As informações compartilhadas por Eduardo foram ilustradas com impressões que teve de visita que fez a Dachau, um dos campos de concentração utilizados pelos nazistas, na Alemanha. “Há um sentimento fúnebre no ar”, disse ele, que teve contato com a atmosfera de um ambiente que levou à morte cerca de 80 mil pessoas. Ali, ocorreram inúmeros experimentos, a exemplo de outros que os opressores realizaram em diversas de suas bases de extermínio. “Esses são eventos que precisam ser lembrados para que não aconteçam nunca mais”, pontuou.
Eduardo citou o caso do médico Josef Mengele, que tinha comportamento doce e amistoso com quem se relacionava, mas que, no período do holocausto, se transformou em monstro. O que promove mudanças tão bruscas de comportamento, perguntou o estudioso. Ele conduziu os presentes para a resposta ao apresentar teorias centrais dos trabalhos de vários pesquisadores.
Neto de judeus, Simon Cohel queria entender o que se passa na cabeça desse tipo de pessoa e encontrou algumas explicações após assistir ao julgamento de Nurenberg. O trabalho foi aprofundado com o resultado de pesquisa com mais de 300 pesquisadores. Simon aprofundou conceito e prática da empatia, como de reconhecer emoções, pelo menos 312 delas. Victor Frankel desenvolveu a teoria da coisificação, pela qual explica que onde não há sentimento se cria o vazio. Quanto mais vazio, mais superficiais os relacionamentos.
Por sua vez, Doutora Fisk estudou sobre filtros intelectuais, pelos quais deve-se proteger a sociedade pelo reconhecimento de que pessoa é pessoa e não coisa. Já Philip Zimbardo entendeu que os filtros são treinados, criando-se o ato de despersonalizar. Os nazistas diziam que os judeus não eram gente, por isso a morte em massa não causava comoção entre os nazistas. Retornando a Simon Cohel, Eduardo citou que as pessoas são incapazes de cometer crueldade, por isso a empatia é um ato de aprendizado.
Heróis - Eduardo concluiu citando as demonstrações de afeto, respeito e admiração que se sucederam durante o encontro da Caciopar e citou que o resgate dos verdadeiros heróis, de pessoas que verdadeiramente sirvam de exemplo, é indispensável para a construção de um novo futuro. De uma sociedade com mais empatia, que é a capacidade de reconhecer a emoção do outro, identificá-la, espelhar e desenvolver comportamento adequado.
Via: Assessoria Caciopar - Foto: Divulgação
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