Aves: Cooperado de Santa Lúcia obtém melhor conversão alimentar de abril da Coopavel
A história de Gladistones começa em Itatiba do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, onde nasceu o terceiro de cinco filhos de um casal de pequenos agricultores.

Paranaense de coração e gaúcho de nascimento, Gladistones Cominetti, 56, experimenta o reconhecimento por uma trajetória de dedicação, aprendizado e evolução no campo. Morador da linha São Pedro, interior de Santa Lúcia, ele acaba de conquistar a condição de melhor produtor integrado de aves da Coopavel referente ao mês de abril de 2025. “Estou muito feliz e a família orgulhosa com o resultado”, afirma ele.
A história de Gladistones começa em Itatiba do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, onde nasceu o terceiro de cinco filhos de um casal de pequenos agricultores. No início de 1970, seus pais decidiram se mudar para o Paraná em busca de melhores oportunidades. Foi assim que ele chegou ainda criança à região de Santa Lúcia — e nunca mais saiu de lá.
A infância foi marcada por muito trabalho. Dos sete aos 14 anos de idade, Gladistones acordava cedo para tirar leite com os pais e fazer a entrega do produto fresquinho, aos vizinhos, a pé, de bicicleta ou montado a cavalo. Estudou até o segundo ano do ensino médio, mas a escola da vida rural lhe ensinou lições preciosas sobre resiliência, compromisso e visão empreendedora.
Avicultura
Em 1994, ele foi um dos primeiros produtores da região de Capitão Leônidas Marques a apostar em uma novidade à época: a avicultura comercial em sistema de confinamento. Começou com um aviário de 12 por 100 metros. Hoje, tem dois espaços de 1,5 mil metros quadrados cada, nos quais aloja 21 mil aves por lote, totalizando 42 mil frangos.
O início exigia esforço braçal intenso: fornos a lenha, bebedouros e comedouros pendulares, noites em claro dentro dos aviários para garantir o aquecimento e o conforto ideal às aves. “A estrutura agora é totalmente automatizada. Isso libera tempo para pensar a gestão, avaliar estratégias e buscar mais resultados”, diz Gladistones, que toca a propriedade ao lado da esposa Adriana e dos filhos Gladiones, Gladian e Kauã.
A atenção aos detalhes e à evolução do manejo faz a diferença nesse negócio, ele afirma, assinalando que, com o tempo, é possível entender os hábitos das aves e antecipar as suas necessidades. Essa leitura cuidadosa, somada à boa estrutura, equipamentos modernos e um rigoroso controle da ambiência, é, segundo o avicultor, a chave para o sucesso.
Gladistones destaca o papel da assistência técnica da Coopavel, representada na propriedade por Luís Fernando Pontes Zambonin. Um dos diferenciais elogiados pelo técnico da cooperativa é o manejo da cama do aviário, que tem contribuído até mesmo para reduzir os índices de calos de pata nas aves.
Conversão
Em abril, a conversão alimentar registrada foi de 1,324 quilo de ração para cada quilo de carne produzida, índice que consolidou Gladistones no topo do ranking de integrados da Coopavel. O reconhecimento não é inédito: ele já havia alcançado o segundo lugar em 2018 e a sexta colocação geral em 2024, mas essa é a primeira vez que conquista o primeiro lugar. “Essa vitória é uma recompensa por todos esses anos de dedicação. É um incentivo para mim e para minha família continuarmos investindo e buscando sempre mais”.
É das aves que vem a principal fonte de renda da família. “Temos a entrada de recursos a cada 60 dias, o que dá fôlego e estabilidade à gestão da propriedade”. Para Gladistones, a evolução da avicultura é e será constante, e ele quer seguir acompanhando o ritmo do mercado e atendendo com comprometimento as orientações da cooperativa.