Polícia Militar e Civil desmobiliza invasão em fazenda no Centro-Oeste do Paraná com reforço de seis cidades
Ação pacífica encerrou ocupação que mobilizou cerca de 250 pessoas e surpreendeu família residente na propriedade..
Uma operação da Polícia Militar do Paraná desmobilizou, sem confrontos, a ocupação de uma propriedade rural entre os municípios de Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu, na região Centro-Oeste do estado. A invasão ocorreu na madrugada deste sábado (7), quando entre 250 e 300 pessoas ligadas à Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) entraram na Fazenda São Jorge, surpreendendo uma família residente no local. Durante a ação, houve relatos de ameaças com arma de fogo e agressões físicas, incluindo um trabalhador que foi ferido com coronhadas.
A resposta das forças de segurança foi imediata. A Polícia Militar mobilizou 115 agentes, com apoio de batalhões de Assis Chateaubriand, Cascavel, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Toledo. A Delegacia de Polícia Civil de Quedas do Iguaçu e a 15ª Subdivisão de Cascavel também atuaram de forma estratégica na condução da desocupação. A operação foi coordenada pelo tenente-coronel Cícero Tenório e, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a ocupação foi encerrada de forma pacífica antes do meio-dia.
As investigações apontam que o responsável pela articulação da invasão já vinha sendo monitorado pela Polícia Civil. Trata-se de um indivíduo que foi preso em flagrante neste ano pelos crimes de esbulho possessório e associação criminosa. Ele é acusado de arregimentar adolescentes, famílias com crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade para integrar ocupações armadas. Com base na gravidade dos fatos e na reincidência, a Polícia Civil já representou pela sua prisão preventiva. Ele deverá responder por associação criminosa armada, corrupção de menores, invasão de domicílio e esbulho possessório.
A reportagem tentou contato com a assessoria da FNL, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. Em nota, o coordenador regional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jonas Fures, negou qualquer envolvimento da organização com o episódio, reforçando que o foco atual do MST é a regularização de áreas já ocupadas.
As forças de segurança seguem mobilizadas na região para prevenir novas tentativas de invasão e garantir a tranquilidade da população local.