Caminhão atolado por 13 dias em lavoura de Céu Azul é finalmente removido
Após quase duas semanas atolado em uma plantação, motorista Valmir Skrzypczak finalmente retomou a viagem com ajuda de produtores e da Prefeitura...
Depois de 13 dias parado em meio a uma lavoura de feijão, na zona rural de Céu Azul, no oeste do Paraná, o caminhão carregado com trigo foi finalmente retirado na tarde desta terça-feira (10). A remoção aconteceu por volta das 16h, com apoio de produtores rurais da região.
O caso começou na noite de 28 de maio, quando o motorista Valmir Adão Skrzypczak precisou fazer uma manobra de emergência na BR-277, ao desviar de um carro que vinha na direção contrária durante uma ultrapassagem forçada. O caminhão saiu da pista e percorreu cerca de 200 metros até parar dentro da plantação.
Desde então, Valmir permaneceu no local, dormindo na cabine do veículo e se recusando a sair antes que o caminhão fosse retirado da lavoura. Durante os dias de impasse, houve divergência entre as versões do caminhoneiro e do proprietário da terra.
Valmir afirmou que o agricultor exigiu R$ 22 mil pelos prejuízos e impedia a entrada de máquinas no terreno, mesmo após a seguradora informar que os danos seriam cobertos. Já o fazendeiro negou qualquer exigência financeira, explicando que pediu apenas que a retirada fosse feita pelo mesmo caminho da entrada, para evitar danos à plantação, e que o solo encharcado pelas chuvas tornava a remoção arriscada.
O clima também dificultou o resgate. As chuvas deixaram o terreno alagado, atrasando qualquer tentativa segura de remoção. Foi somente nesta terça-feira que, com a ajuda de um segundo caminhão e a solidariedade de produtores rurais e vizinhos, a carga foi transferida e o veículo conseguiu sair da lavoura.
Valmir, emocionado, agradeceu a quem se solidarizou durante os dias difíceis. Segundo ele, muitas pessoas pararam no local para oferecer comida, água e palavras de apoio. Com o caminhão novamente em condições de seguir viagem, ele informou que ainda nesta terça seguiria até Santa Terezinha de Itaipu e, na quarta-feira, atravessaria para o Paraguai.
Ao lado da esposa e do filho — que o acompanhou no momento da retirada, embora preferisse não dar entrevista — Valmir se mostrou aliviado e animado por poder voltar para casa. Mesmo com os estragos, ele afirmou que o veículo passou por uma revisão e está pronto para seguir na estrada.
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