Queda de temperatura exige atenção redobrada à saúde dos pets

Com a queda nas temperaturas, os tutores devem redobrar os cuidados com seus animais de estimação. Isso porque o frio torna cães e gatos mais vulneráveis a uma série de problemas de saúde, como infecções respiratórias, dores articulares e até quadros de hipotermia, especialmente em animais que vivem em ambientes externos sem proteção adequada.

A médica-veterinária, doutora Maria Eduarda Scapini, da clínica VitallisVet, de Cascavel, explica que doenças como gripe, resfriado e traqueobronquite são bastante comuns nesta época do ano. “É importante manter os pets aquecidos. Cães que ficam do lado de fora, sem casinha ou coberta, correm risco real de hipotermia. Em casos mais extremos, podem até morrer de frio”, afirma.

Além das doenças infecciosas, animais com histórico de problemas articulares, como displasia ou dores na coluna, também sofrem mais com o frio. A veterinária ressalta que, nessas situações, o desconforto pode deixar o animal mais quieto, apático e até agressivo, devido à dor. Sintomas como tosse, espirros, secreção nasal ou ocular, dificuldade para respirar e diminuição do apetite também devem acender o alerta. 

“O tutor precisa observar se o pet está com tremores, mais gelado que o normal ou com comportamento diferente. Esses sinais podem indicar que algo não está bem”, explica.

Proteção no frio

Para proteger os pets, recomenda-se mantê-los em ambientes aquecidos, longe de correntes de vento e da umidade. Se o animal costuma usar roupinhas, elas devem ser confortáveis, sem apertar ou causar desconforto. Camas macias e cobertores também ajudam a manter a temperatura corporal. No caso dos que vivem fora de casa, é essencial oferecer uma casinha protegida com mantas. A alimentação continua sendo um ponto de atenção, já que alguns animais tendem a comer menos nos dias frios, o que pode comprometer sua imunidade.

Cuidados preventivos

Outro ponto fundamental é a prevenção. “Manter o calendário vacinal atualizado é essencial, assim como realizar check-ups preventivos. Avaliações de rotina, exames de sangue e consultas com ortopedistas ajudam a identificar e tratar qualquer sinal de desconforto antes que ele se agrave”, reforça dra. Maria Eduarda.