Cascavel debate futuro das políticas públicas para mulheres em conferência municipal
Evento reúne representantes do poder público, da Justiça e da sociedade civil para ouvir vozes femininas, levantar propostas e fortalecer a rede de proteção às mulheres..
O Município de Cascavel está realizando, nesta quinta-feira (26), a IV Conferência Municipal de Políticas para Mulheres, com o objetivo de debater e construir propostas voltadas à garantia de direitos e ao fortalecimento da rede de apoio feminina.
O encontro, que ocorre na Unipar, é promovido pela Secretaria Especializada de Cidadania, Proteção à Mulher e Políticas sobre Drogas (Sesd) e organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, conta com participação ativa de representantes do governo e da sociedade civil organizada, e apoio de entidades como a OAB, Acic e outros movimentos sociais.
A programação envolve escuta ativa, rodas de conversa e momentos de articulação coletiva entre poder público e sociedade civil.
O secretário da Sesd, Marcelo Silva, destacou a importância do evento para a consolidação de políticas públicas efetivas na nossa cidade. “Cascavel tem um olhar especial para esse assunto tão importante, e o nosso prefeito também. Com essa visão ampla, nós vemos a mudança acontecendo. Cascavel também está se organizando pra formar a Secretaria da Mulher e estamos alinhando para sermos contemplados pelo Estado com a Casa da Mulher Paranaense. Isso mostra que a política pública voltada à mulher aqui em Cascavel é um compromisso sério”, destacou.
De acordo com o secretário, a procura por apoio tem aumentado consideravelmente, impulsionada pelo amplo debate que encoraja cada vez mais mulheres a denunciar situações de violência. “As mulheres estão se encorajando mais, buscando ajuda e avançando nas denúncias. Isso mostra que estamos conseguindo promover um ambiente de acolhimento e orientação”.
A secretária de Comunicação e de Cultura de Cascavel, Beth Leal, também participou da abertura e reforçou a importância do debate e da Secretaria da Mulher como instrumentos de transformação. “Nós temos que pensar também na capacitação, na qualificação, na oportunidade da geração de emprego, da geração de renda para tantas mulheres que muitas vezes ficam atreladas a uma determinada situação por conta de não ter uma condição de independência econômica. Por isso, a Secretaria da Mulher deve nascer já com uma certa robustez para que a gente possa agregar tudo aquilo que já se trabalha em relação à mulher no nosso Município, num lugar específico, tendo um direcionamento a partir do que nós temos debatido em conferências como esta.”, completou.
Atualmente, Cascavel conta com uma rede intersetorial e conectada, que envolve saúde, segurança, assistência social, educação e programas específicos de acolhimento para mulheres que sofrem violência doméstica e seus filhos. “Cascavel merece essa secretaria. Precisamos de um espaço pronto e preparado para acolher essas mulheres e garantir os seus direitos”, pontua a juíza Nícia Kirchkein Cardoso, que atua no 1° Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em Cascavel.
Ela também ressaltou o papel da conferência como espaço de escuta de pessoas que atuam na linha de frente desses programas e conhecem de perto essa realidade. “Essa conferência vem reconhecer as vozes da pluralidade feminina. Temos uma diversidade imensa de mulheres dispostas a debater e propor soluções".
A coordenadora do programa Por Elas Cascavel, Susana Medeiros Dal Molim, destacou que a conferência é parte de um movimento nacional que visa pensar soluções a partir de realidades locais. “O objetivo é discutir, pensar, debater e propor soluções que venham ao encontro das necessidades das mulheres, principalmente na defesa e garantia de seus direitos.”