13 de agosto de 2025

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Gaeco cumpre ordens de busca e apreensão em investigação sobre ilegalidades na compra de combustível pela Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu

Durante o cumprimento das medidas judiciais, expedidas pelo Juízo Criminal de Quedas do Iguaçu, foram realizadas três prisões em flagrante.

Nesta quarta-feira, 13 de agosto, o Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, deflagrou a Operação Tanque Cheio, que apura ilícitos relacionados à compra de combustíveis pela Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu, no Centro Sul do estado. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, todos na cidade de Quedas do Iguaçu: na sede do Legislativo municipal, em um posto de combustíveis e nas residências dos investigados.

Durante o cumprimento das medidas judiciais, expedidas pelo Juízo Criminal de Quedas do Iguaçu, foram realizadas três prisões em flagrante. Dois dos presos estavam com armas e munições ilegais, que foram apreendidas. A terceira prisão foi por obstrução de justiça em crime de organização criminosa – o detido tentou destruir o aparelho de telefone, jogando-o no vaso sanitário. Além disso, foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos que passarão por perícia e deverão servir como elementos de prova.

Superfaturamento – A investigação do Gaeco começou em abril de 2023, a partir do recebimento de uma informação anônima sobre superfaturamento de notas fiscais da Câmara. A partir disso, diligências preliminares foram realizadas e confirmaram irregularidades na aquisição de combustível, como, por exemplo, um consumo não condizente com a realidade local. Para se ter uma ideia, entre janeiro de 2021 e abril de 2025 a frota de veículos da casa legislativa consumiu 85 mil litros de combustível, ao custo de quase R$ 700 mil ao erário – valor muito superior ao praticado por Câmaras Municipais de cidades que mantêm o mesmo número de vereadores e quantidade similar de habitantes ao de Quedas do Iguaçu.

Afastamento – Além das ordens de busca, também a pedido do Gaeco, o Juízo Criminal de Quedas do Iguaçu determinou o afastamento das funções do presidente da Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu por 90 dias, bem como o bloqueio de R$ 500 mil dos investigados. Foram aprendidos documentos e equipamentos eletrônicos.

A Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu respondeu o caso através uma nota: Na manhã desta quarta-feira (13), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) cumpriu mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu, em procedimento que apura supostas irregularidades na compra de combustíveis no período compreendido entre 2021 e abril de 2025.

A atual Mesa Diretora, empossada em janeiro de 2025, reforça que todos os documentos fiscais, contratos e processos licitatórios referentes à gestão estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência, reafirmando seu compromisso com a publicidade e o acesso à informação.

O presidente da Câmara, vereador Rodolfo Revers, declara: "Desde que assumimos a presidência, pautamos nosso trabalho pela transparência e pela colaboração com todas às instituições e com todos os órgãos de fiscalização. É do nosso interesse que todas as denúncias sejam apuradas com rigor, para que os fatos sejam esclarecidos."

A Câmara Municipal reitera que está colaborando integralmente com as autoridades competentes e que sua estrutura administrativa seguirá funcionando normalmente, assegurando a continuidade das atividades legislativas e do atendimento à população.

Por: SOT/Assessoria MPPR - Foto: Divulgação


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