Acadêmicos da Unioeste se unem à reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu
Estudantes voluntários, do Projeto Rondon, trabalham na limpeza do Cmei Dona Laura, atingido por tornado, na última sexta-feira (07)
Aproximadamente 30 acadêmicos dos campi de Cascavel, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Toledo, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), desembarcaram nesta quarta-feira (12) em Rio Bonito do Iguaçu com a missão de fazer a diferença na vida da população que se reconstrói após ser atingida por um tornado devastador.
Entre as diversas frentes de apoio, uma ação coordenada pelo responsável pela linha de frente da Unioeste em Rio Bonito do Iguaçu, Victor Ribas Junior, em parceria com o Governo do Estado, o município e a Defesa Civil Nacional, levou os acadêmicos com o objetivo de preparar o Centros de Educação Infantil Dona Laura, para receber alunos de 0 a 10 anos.
“A proposta é recuperar rapidamente ambientes que foram aprovados pela perícia para serem utilizados novamente pelas crianças, antes da reforma que já está sendo viabilizada, principalmente porque os pais estão em busca de levantar novamente suas casas. Para isso acontecer, trouxemos nossos alunos extensionistas, do Projeto Rondon, que são acostumados a atuar junto à comunidade — acadêmicos que vão para a rua, atuam e têm experiência em situações extremas, como a que estamos vivendo aqui”, explica o coordenador Junior.
A secretária de Educação do Município de Rio Bonito do Iguaçu, Eliane Dal Casteli, fala sobre a importância dessa mobilização neste momento difícil que os mais de 13 mil habitantes do município enfrentam.
“Nosso objetivo é acolher estas crianças, realizar atividades pedagógicas, lúdicas, e oferecer atendimento psicológico. A ideia é estar com elas, para que suas famílias possam reconstruir seus lares.”
Além do apoio na organização, os estudantes da Unioeste também farão parte da equipe que trabalhará diretamente com as crianças. A intenção é que, o mais breve possível, o atendimento já comece a acontecer.
Para o acadêmico do curso de História da Unioeste, Artur Priester Neto, a missão foi recebida pelo grupo com muita responsabilidade.
“Quando fomos convidados imediatamente conseguimos reunir os acadêmicos, estamos dispostos a ajudar, dar apoio, contribuir para a reconstrução da cidade. É muito importante estar aqui, e tendo a possibilidade de realmente ajudar”.
A mobilização contou com apoio de um voluntário especial: Michel Zambretti, que saiu do interior de São Paulo, percorreu mais de 800 quilômetros de carro com o objetivo de ajudar e em Rio Bonito do Iguaçu se uniu à equipe da Unioeste, assim como uma professora e três alunos da Universidade Federal da Fronteira Sul.
A iniciativa reforça o comprometimento da Unioeste com a comunidade regional, colocando o conhecimento acadêmico a serviço da sociedade e fortalecendo o papel transformador das universidades públicas em momentos de crise.
Mais ações
A Unioeste também mobilizou uma equipe com aproximadamente 14 engenheiros e arquitetos, que integram a Assessoria de Planejamento Físico da Reitoria e o Projetek (Escritório de Projetos de Engenharia e Arquitetura). Eles estão desenvolvendo laudos técnicos, junto à Defesa Civil Nacional, para garantir a rápida liberação de recursos destinados à reconstrução.