Ponte do XIV: Inaugurada há 60 dias e já apresenta buracos e exige reparos imediatos em Cascavel
Sesop notifica empresa para corrigir falhas no asfalto da ponte do Bairro XIV de Novembro; situação seguirá monitorada devido ao histórico de alagamentos.
A ponte recém-inaugurada no Bairro XIV de Novembro, em Cascavel, começou a apresentar problemas no pavimento apenas dois meses após sua entrega. A Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas identificou buracos no asfalto novo e notificou a empresa responsável para realizar os reparos, que deverão ser executados sem custos ao Município. As falhas surgiram após um período de chuvas intensas e alagamentos na região, gerando preocupação justamente porque a obra foi projetada para minimizar os transtornos causados pelo acúmulo de água na entrada do bairro.
A equipe técnica da Sesop avaliou que a estrutura foi feita conforme os projetos, mas que os danos refletem um problema de execução. A empresa responsável se comprometeu a refazer a parte afetada, arcando com os custos, enquanto a Secretaria define a logística de como o trabalho será realizado, incluindo a possibilidade de interdições na via. A expectativa é de que o conserto seja rápido, desde que a operação seja organizada para minimizar impactos no trânsito.
Nesta semana, o Diário Oficial publicou o sétimo termo aditivo da obra, reduzindo seu custo em pouco mais de R$ 73 mil. O valor final ficou em R$ 8.048.205,72, após a retirada de serviços que acabaram não sendo necessários. Outra frente de preocupação são os pontos de acúmulo de água no entorno do viaduto próximo à Rua Aracy Tanaka. A Sesop concluiu a desobstrução de bueiros, mas descobriu que a rede de captação pluvial também está bloqueada, exigindo ações emergenciais para redirecionar o fluxo de água. Mesmo assim, a situação seguirá sendo monitorada, já que não há garantia de que os alagamentos serão eliminados.
A ponte, inaugurada em 19 de setembro, integra a duplicação da Rua Souza Naves Sul, uma das áreas mais críticas em alagamentos no trânsito da cidade. A obra ampliou a capacidade de vazão do Rio Quati em quase dez vezes e trouxe mudanças significativas na circulação, incluindo a instalação de radar eletrônico e alterações no looping permitido no bairro. A estrutura possui 22 metros de largura, 16 metros de extensão e mais de 3 metros de altura, além de ciclovia, calçadas acessíveis e nova sinalização. A execução ficou a cargo da empresa Hansen Bellei & Mello Ltda., de Corbélia, e a terceira etapa do projeto prevê a continuação do binário da Souza Naves e a duplicação da BR-277.