Unioeste participa de operação integrada em Rio Bonito do Iguaçu com uso de drones para mapeamento de danos
Os docentes e acadêmicos da Universidade participaram de uma ação conjunta para apoiar o processo de avaliação e recuperação de danos causados...
A atuação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) no apoio ao município de Rio Bonito do Iguaçu após o tornado não para. Na última semana, entre os dias 19 e 21 de novembro, docentes e acadêmicos da Universidade participaram de uma ação conjunta para apoiar o processo de avaliação e recuperação de danos causados, com o uso de drones.
Segundo o professor Ericson Hideki Hayakawa, do colegiado de Geografia do campus de Marechal Cândido Rondon, e Diretor de Assuntos Acadêmicos da Unioeste, a mobilização teve início em 17 de novembro, quando o Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Prof. Aldo Bona, por meio do Prof. Michel Samaha, acionou o grupo de docentes das Instituições de Ensino Superior do Estado que integram o programa de formação em drones. O objetivo era reunir especialistas capazes de atuar tecnicamente no levantamento dos impactos nas áreas atingidas.
Atendendo ao chamado da SETI, equipes da Unioeste e de outras universidades paranaenses — UENP, UNESPAR e Unicentro — deslocaram-se para o município, integrando frentes de trabalho compostas por representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR) e da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAGRI). As equipes atuaram especificamente na zona rural, onde o tornado também provocou destruição em propriedades, estruturas produtivas e áreas de vegetação.
“Os docentes e estudantes contribuíram com levantamentos aéreos realizados com drones, registrando imagens de alta resolução que permitem identificar a extensão dos danos, quedas de edificações, padrões de deslocamento dos ventos e áreas de risco. As fotografias captadas serão integradas aos laudos técnicos elaborados pelo CREA-PR e pela SEAGRI, subsidiando ações de recuperação, orientações às famílias e planejamentos futuros de prevenção”, explica Ericson.
O professor Elvis Rabuske Hendges, do colegiado de Geografia do campus de Francisco Beltrão, ressalta que o drone captou imagens necessárias para o processo. “O sobrevoo com drones (modelos Dji Mini3, Mini4 e Phantom 3) pilotados pelos discentes Evaldo Wismann, Fabiula Dias e Rafael Cavagnolli com a orientação do docente Elvis Rabuske Hendges realizou registros de imagens aéreas de residências, benfeitorias, áreas e cultivo e de preservação, a fim de compor laudos técnicos que irão nortear a distribuição de recursos financeiros destinados a reconstrução e recuperação dos imóveis rurais afetados”.
A ação contou com coordenações específicas nas diferentes frentes de trabalho. A Coordenadora Técnica designada pelo CREA/IBAPE-PR, Tatiane Pezente, liderou a elaboração dos laudos referentes às residências e demais benfeitorias de natureza civil. Na área agropecuária, a coordenação foi conduzida por Deomar Marcos, designado pela SEAGRI – IDR/ADAPAR e SEAP, responsável pela avaliação dos danos na agropecuária. A coordenação geral das atividades em Rio Bonito do Iguaçu esteve sob responsabilidade do Sr. Édson Haluch, presidente do IBAPE-PR.
A participação da Unioeste reforça o papel das universidades públicas paranaenses na atuação territorial em emergências, aplicando ciência, tecnologia e formação especializada em benefício direto das comunidades afetadas. A iniciativa também proporcionou experiências formativas relevantes para os acadêmicos envolvidos, ao integrar conhecimento científico, responsabilidade social e cooperação interinstitucional.