
Desde que as pessoas começaram a compartilhar as cidades, algumas regras básicas e essenciais foram estabelecidas para garantir a melhor convivência social possível entre elas. As normas foram criadas à medida da evolução e do amadurecimento dos marcos civilizatórios e embora mudassem ou fossem aprimoradas ao longo do tempo algumas resistiram incólumes e seguem atuais ainda hoje.
Uma dessas regras de convivência, e considerada como das mais assertivas e relevantes, é a que diz que o seu direito termina quando começa o direito do outro. E isso vale para tudo, contribuindo para a construção de relações mais respeitosas e harmoniosas. Mesmo que bastante conhecida e praticada, essa convenção não é respeitada por todos. Um dos problemas ainda comuns é a geração de barulhos e ruídos em excesso principalmente em locais públicos.
Esse desafio não é exclusividade de Cascavel, mas no município os casos de desrespeito a essa regra de boa convivência têm sido competentemente enfrentados pela Polícia Militar. Compõem essa gama de barulhos e ruídos indesejados os produzidos nos “bobódromos” e pelas motocicletas com escapamentos abertos, bem como por excessos provocados por motoristas que não respeitam, por exemplo, a velocidade regulamentar de tráfego no perímetro urbano.
Se um acha que tem o direito de se divertir, que o faça. No entanto, não pode se exceder a ponto de prejudicar pessoas que nada têm a ver com aquela comemoração. Cascavel é um tabuleiro demográfico e estrutural. Em várias áreas que integram a cidade empresas, residências, bares, igrejas e escolas estão próximos e todos tentam, da melhor forma, conviver pacificamente.
Por isso, os sons exagerados produzidos nos “bobódromos” não deixam o pai de família, que trabalhou o dia todo, dormir e descansar para mais um dia de jornada. Outros estão com seus filhos e cônjuges e não conseguem interagir devido a perturbações alheias. Barulhos e ruídos também interferem na rotina de outros ambientes nos quais o silêncio é importante, como postos de saúde e hospitais.
A Polícia Militar, de forma educada e serena, tenta conter atos que promovem barulhos em demasia. A tarefa não é fácil, exige tato, diálogo e persistência. Mas, aos poucos, os problemas mais pontuais e recorrentes parecem estar diminuindo. A Acic apoia as ações da PM por entender que todos têm direitos e também deveres. Da mesma forma que uns podem e devem se divertir, outros podem e devem ter o direito à convivência harmoniosa e sem interferências externas nos seus lares e também devem poder descansar apropriadamente para superar as exigências e as tarefas do dia a dia.
As regras de boa convivência social exigem de cada um de nós atitudes serenas, respeitosas e responsáveis.
Cordialmente, Michel Vitor Alves Lopes - Presidente da Acic
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