Feira do Pequeno Produtor de Cascavel completa 37 anos
Atualmente 84 famílias fazem parte da 'feirinha' que começou com apenas nove integrantes

Um lugar destinado a comercialização de frutas, verduras, legumes, artesanatos. Esta seria a ideia original da feira do pequeno produtor. Mas, com o passar do tempo, a “feirinha” se transformou em algo maior. Hoje é vista como local de lazer, bem-estar e um ponto de encontro para os velhos amigos e de se fazer novas amizades.
A Feira do pequeno produtor de Cascavel estará completando amanhã (10) 37 anos. A feirinha é realizada por famílias que vivem no campo e na cidade e já faz parte do cotidiano das pessoas.
A primeira feira foi realizada no terreno onde hoje é o estacionamento da prefeitura de Cascavel, na rua Paraná, começou com apenas nove feirantes e somente aos sábados pela manhã. “Neste tempo havia muita dificuldade para encontrar interessados, pois era somente familiar a produção. Não existia ponto de venda, nem um produto transformado estava legalizado, o que dificultava a comercialização. Mas a Acarpa/Emater (atual Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) ia a campo e orientava os produtores e à Secretaria Municipal de Agricultura cabia a montagem das barracas de madeira”, explicou o presidente da Associação de pequenos Produtores de Cascavel, Roque Garlet.
Mudanças - Ao longo destes anos, a feira do pequeno produtor de Cascavel mudou de local várias vezes, mas nem isso afastou o público das bancas que oferecem produtos frescos, de qualidade e com preços acessíveis. A feirinha ganhou força, cresceu e se tornou fonte de renda imprescindível para as famílias de pequenos produtores que se adequaram às exigências do mercado consumidor, às normas sanitárias e de saúde vigentes para garantir aos clientes boa procedência e segurança alimentar ao adquirir os produtos cultivados pelas famílias que dela participam.
Feira do Pequeno Produtor - Atualmente, a Feira do Pequeno Produtor acontece no centro da cidade, no estacionamento do Teatro Municipal, às terças e quintas-feiras das 12h às 20h e aos sábados das 7h às 12h, na rua Rui Barbosa, próximo a prefeitura e aos domingos das 7h30 às 12h30, em frente ao Centro Cultural Gilberto Mayer. Hoje a feira tem 84 famílias associadas e atrai um público médio de 50 mil pessoas por mês. Enquete de interação com os seguidores, feita na rede social instagram da prefeitura, @cascavel_prefa, apontou que 76% das que interagiram conhecem e amam a feirinha do pequeno produtor.
Pandemia - Com a pandemia do Coronavirus, a realização da feira, assim como várias outras atividades econômicas foram atingidas. Durante dez dias, a comercialização de frutas, verduras, legumes e outros produtos foram suspensas e a feirinha deixou de ser realizada. Esta paralisação trouxe prejuízos para as famílias de pequenos produtores rurais e urbanos, que tem nesta atividade sua única fonte de renda. “A comercialização de frutas, verduras, legumes, artesanato, flores é imprescindível para o sustento das famílias que trabalham na feira. Sem estas vendas, as famílias veem suas produções se perderem . A feira é, hoje, o meio que os pequenos produtores tem de permanecer no campo e sustentar suas famílias”, disse Roque Garlet.
Durante a pandemia, após o retorno ao trabalho, já no antigo terminal oeste, os feirantes atenderam os clientes no sistema drive thru. Dois meses depois foram transferidos para o centro da cidade, no estacionamento do Teatro Municipal onde permanecem até hoje e futuramente devem retornar para a Praça Wilson Jofre, que será toda revitalizada.
Como participar - Para ser um feirante é preciso que o interessado seja um produtor rural ou urbano. O cadastro é feito na Associação dos Pequenos Produtores e submetido a apreciação de uma comissão formada por membros do Comder (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural), IDR (instituto de Desenvolvimento Rural) e Seagri (Secretaria Municipal de Agricultura). Após isso, a ficha é submetida a aprovação. Atualmente há fila de espera para ingresso na Feira do Pequeno Produtor, que está impossibilitada de aceitar novos integrantes por conta da falta de espaço físico para a instalação novos boxes.
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