Provopar inaugura casa modelo para capacitação de trabalhadores domésticos

A partir do dia 9 de dezembro, o Provopar de Cascavel lança oficialmente um novo projeto: a Casa Modelo, um espaço que promete contribuir com a colocação de pessoas em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho. A inauguração está prevista para às 09h horas, em solenidade que simboliza o “start” das atividades.

Em Cascavel, sobram ofertas de emprego porque faltam candidatos. Na Cozinha Social do Provopar, a equipe se atentou para a realidade e chegou a um diagnóstico. Uma pesquisa feita entre as mulheres que são assistidas com as refeições fornecidas pelo programa apontou que mais de 80% dizem ser empregadas domésticas ou diaristas. “A maioria desempregada. Entendemos que as oportunidades existem, o mercado quer contratar, mas falta qualificação. Falta conhecimento e técnica. Em geral, aprenderam a fazer de acordo com os costumes familiares passados de geração em geração, mas hoje muita coisa mudou. Existem novos equipamentos, produtos, regras e até os materiais de construção utilizados em novos empreendimentos requerem cuidados especiais. Por isso, o Provopar decidiu investir para capacitar os trabalhadores, sejam homens ou mulheres que atuam nessa área”, explica Fabiola Paranhos, presidente do Provopar Cascavel. 

O primeiro passo foi montar um projeto. A ideia era construir uma Casa Modelo, uma réplica com as principais estruturas: cozinha, área de serviço, quarto com cama e banheiro. “Enviamos o projeto para a Fundação Banco do Brasil, que estava selecionando projetos em todo o País e fomos contemplados. A FBB custeou a construção e a nossa contrapartida foi investir o mesmo valor em equipamentos. Ao todo foram aplicados na execução do projeto cerca de R$ 600 mil”. 

A Casa Modelo fica no bairro Interlagos, na região Norte. A Oficina de Trabalhadores Domésticos vai formar por mês 15 profissionais. O curso foi dividido em módulos: Ética no trabalho, Valorização do trabalho doméstico, Culinária trivial, Manutenção e limpeza de utensílios domésticos, Organização e Tipos de Serviço. “Nosso desejo é que o curso agregue valor às profissionais, de modo que os empregadores terão motivos para valorizar os funcionários. Que esta qualificação sirva para que se fixem em empregos formais e conquistem melhores remunerações”, completa Fabiola. 

Na Casa Modelo, foi montado um ambiente para outro curso requisitado, o de Corte e Costura, com duração de três meses e capacidade de 30 alunos por turma. Neste caso, as atividades começaram antes e os resultados já são colhidos. “Já formamos algumas turmas e temos alunas que já estão empregadas depois de passarem pela qualificação, garantindo renda e contribuindo com o orçamento de suas famílias”, finaliza Fabiola Paranhos.