Venda de veículos financiados no país cresce 6,7% em 2023

Dados divulgados pela B3 apontam crescimento e forte reação no mercado de veículos financiados no país. No acumulado do ano, as vendas financiadas de veículos somaram 3,2 milhões de unidades. O número representa alta de 6,7% em relação ao mesmo período de 2022, o que equivale a cerca de 205 mil unidades a mais.

“A tendência é que o crescimento seja mantido nos últimos meses de 2023 e, se isso acontecer, o número de financiamentos deve superar o do ano anterior. O mercado mostra importantes sinais de recuperação e estamos otimistas de que esses dados serão ainda melhores no segundo semestre”, analisa Marcelo Ciscato, CEO da Alias Tecnologia, empresa responsável pelo E-Registro - plataforma eletrônica usada no registro de financiamento de veículos. 

O resultado de julho teve como destaque o aumento no número de contratos de financiamento de automóveis e comerciais leves, com crescimento de 11,2% na comparação com julho de 2022.  No total, foram vendidas 492 mil unidades no mês, considerando autos leves, motos e pesados, o que representa um crescimento de 12,8% na comparação com o mesmo período de 2022 e de 1,5% em relação a junho de 2023. O segmento que mais cresceu em relação ao ano anterior foi o de motos. O número de financiamentos no mês foi 25,1% maior do que em julho de 2022, mas 9,6% menor do que junho.

No Brasil, a cada três carros novos vendidos, um é financiado, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).

“Tradicionalmente, a partir de outubro é a melhor época para fazer negócio. É no último trimestre do ano que a maioria dos consumidores busca trocar de carro, especialmente quem planeja usar recursos do 13º e das férias. A Alias Tecnologia vem registrando aumento no número de registros de financiamentos continuamente, e a nossa previsão inicial era um crescimento em torno de 47% em 2023, mas já registramos o aumento de 38% nos veículos financiados nos seis primeiros meses do ano. Se tudo continuar nessa toada passaremos o aumento previsto até o final do ano”, ressalta Ciscato.