Cascavel

Relatório expõe sobrecarga e falta de valorização enfrentada por professores(as) em Cascavel

O relatório, baseado em 524 respostas de professores(as) no final de 2024, revela u...

21 mar 25 - 19h13 Atualizado 22 mar 25 - 00h54 Redação SOT
Relatório expõe sobrecarga e falta de valorização enfrentada por professores(as) em Cascavel

A realidade das professoras e professores da Rede Municipal de Educação de Cascavel é marcada por sobrecarga de trabalho, falta de profissionais, infraestrutura inadequada e impactos na saúde mental. Esses são alguns dos principais desafios apontados pela pesquisa "Condições de Trabalho Docente na Rede Municipal de Educação de Cascavel", elaborada pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e financiada pelo Sindicato dos(as) Professores(as) da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel (Siprovel).

O relatório, baseado em 524 respostas de professores(as) no final de 2024, revela um cenário preocupante. A maioria dos(as) docentes (79%) afirma que as turmas têm mais alunos do que o ideal, o que dificulta o atendimento individualizado e o desenvolvimento das atividades pedagógicas. Além disso, quase metade das unidades escolares (49%) enfrentam falta de professores(as) ou professores(as) de educação infantil, enquanto 55% relatam a falta de agentes de apoio.

A infraestrutura inadequada também é um problema grave. Embora 65% das salas de aula tenham ar-condicionado, 31% dos equipamentos não funcionam adequadamente. Além disso, quase metade dos espaços reservados para a hora-atividade (47%) são considerados apenas parcialmente adequados, e 44% dos locais para aulas de educação física também não atendem às necessidades básicas.

O impacto dessas condições no bem-estar dos(as) professores(as) é alarmante. 92% dos(as) docentes relatam que o trabalho afeta negativamente sua saúde mental, e mais da metade (55%) já buscou auxílio psicológico ou psiquiátrico devido às condições de trabalho. A pesquisa também revela que 60% dos(as) professores(as) já sofreram assédio moral.

Diante desse cenário, o Siprovel destaca as demandas prioritárias da categoria, que incluem:

- Redução da sobrecarga de trabalho, com a contratação de mais profissionais e a garantia de turmas com número adequado de alunos;

- Melhoria da infraestrutura escolar, incluindo climatização adequada, manutenção dos equipamentos e espaços apropriados para a hora-atividade e aulas de educação física;

- Valorização salarial, com o cumprimento do Piso do Magistério e a correção das defasagens acumuladas;

- Combate ao assédio, com a implementação de políticas de prevenção e apoio às vítimas;

- Gestão democrática, com participação dos(as) professores(as) nas decisões da Secretaria Municipal de Educação e das unidades escolares.

O relatório foi encaminhado às presidentes do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb (CACS/Fundeb), Roseli Barossi, e do Conselho Municipal de Educação (CME), Janete Ritter, além da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Cascavel, composta pelos vereadores Carlos Xavier (Presidente), Bia Alcântara (Secretária) e Antonio Marcos (Membro).

A presidenta do Siprovel, Gilsiane Quelin Peiter, reforça que a pesquisa é um instrumento fundamental para embasar a luta da categoria por melhores condições de trabalho. “Os dados revelam uma realidade alarmante, que exige ações urgentes por parte da administração municipal. A valorização dos(as) professores(as) é essencial para garantir uma educação pública de qualidade”, afirma.

O sindicato seguirá acompanhando as discussões nos Conselhos e na Comissão de Educação, cobrando providências para atender às demandas da categoria.

Via: Assessoria Siprovel - Foto: Divulgação


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