Polícia desmantela esquema de contrabando em Santa Tereza e leva dois à PF em Cascavel
Caminhoneiro confessou envolvimento no transporte ilegal após alegar sequestro; mulher foi flagrada em chácara usada como depósito.
A Polícia Militar conduziu à Delegacia da Polícia Federal em Cascavel, na tarde desta quarta-feira (14), dois dos três detidos após uma operação que desarticulou um esquema de transporte e armazenamento de produtos contrabandeados, na área rural de Santa Tereza do Oeste. Entre os levados à delegacia estão o motorista de um caminhão carregado com mercadorias ilegais e uma mulher que foi encontrada na chácara usada como depósito.
Inicialmente tratado como vítima, o caminhoneiro relatou ter sido sequestrado por criminosos armados durante o trajeto entre Foz do Iguaçu e Chapecó. Segundo ele, os assaltantes teriam invadido a cabine do veículo, o colocado na parte traseira e conduzido até o local onde parte da carga foi descarregada. No entanto, após o início das investigações, ele confessou estar transportando produtos contrabandeados — como eletrônicos, celulares e cigarros eletrônicos oriundos do Paraguai — escondidos sob uma carga de materiais escolares. Diante da nova versão, o homem foi preso e encaminhado para prestar depoimento à PF.
A segunda detida é uma mulher que estava presente na chácara no momento da chegada dos policiais. Ela é suspeita de participar da logística de armazenamento dos produtos. No local, foram apreendidas diversas caixas com mercadorias ilegais, além de uma maleta usada para bloquear sinais de celular e rádio, equipamento comumente utilizado para evitar rastreamento.
O terceiro envolvido, apontado como um dos assaltantes, foi baleado na cabeça durante uma troca de tiros com policiais militares de Foz do Iguaçu, que localizaram o caminhão por meio de rastreamento. Ele foi socorrido pelo SIATE e está internado em estado grave no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).
A Polícia Federal assumiu a investigação, com apoio da Receita Federal e do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron). Os produtos e veículos apreendidos passarão por perícia, e as autoridades apuram se a chácara era usada regularmente como entreposto para cargas ilegais vindas da fronteira.
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