Arcebispo de Cascavel reage à prisão de padre acusado de assédio; Igreja anuncia medidas imediatas
O arcebispo pediu que a comunidade católica mantenha a confiança na instituição e incentive denúncias formais em casos de conduta inadequada...
Na manhã desta segunda-feira (25), o arcebispo de Cascavel, Dom José Mario Scalon Angonese, fez um pronunciamento oficial em resposta à prisão de um padre da cidade, acusado de assédio sexual. O religioso, cujo nome não foi divulgado, já estava afastado de suas funções há alguns dias, desde que a denúncia chegou formalmente à Igreja Católica e as investigações foram iniciadas.
O arcebispo expressou consternação diante da situação e destacou que a Igreja deseja que a verdade venha à tona, reforçando que, caso seja comprovada a prática do crime, o padre deverá responder legal e eclesiasticamente. Ele explicou que, assim que recebeu a denúncia, determinou a suspensão imediata do padre, em conformidade com o direito canônico, e instaurou um processo de investigação que deve durar até 90 dias. Após esse período, o caso será encaminhado para a Congregação da Doutrina da Fé, em Roma, responsável pelo julgamento.
Segundo Dom José Mário, se houver confirmação de pedofilia ou outro delito grave, a decisão mais adotada pelo Vaticano é a demissão do estado clerical, o que significa o desligamento definitivo do sacerdote de suas funções religiosas.
Durante o pronunciamento, o arcebispo também explicou que as transferências de padres entre paróquias são práticas comuns e têm como objetivo manter o dinamismo do trabalho pastoral. No caso do religioso investigado, ele já estava há nove anos na mesma paróquia, período superior ao considerado ideal, e sua mudança já vinha sendo discutida pelo conselho dos presbíteros.
Dom José Mário ressaltou ainda que a Igreja está comprometida em oferecer apoio às possíveis vítimas, com acompanhamento e acolhimento para ajudar na superação das dificuldades. Ele destacou que a Arquidiocese de Cascavel conta atualmente com 74 padres, enfatizando que a grande maioria é formada por homens íntegros e dedicados à missão religiosa.
O arcebispo pediu que a comunidade católica mantenha a confiança na instituição e incentive denúncias formais em casos de conduta inadequada, reforçando o compromisso da Igreja com a justiça e a transparência.
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