Padre preso acusado de abuso sexual já havia recebido Moção de Aplausos da Câmara de Cascavel
Religioso de 41 anos, investigado por estupro de vulnerável, foi homenageado em 2022 por sua atuação em evento católico.
O padre de 41 anos, natural de Cascavel, preso preventivamente no último domingo (24) sob acusações de abuso sexual contra adolescentes e jovens, já havia sido homenageado pela Câmara de Vereadores da cidade em 2022.
Na época, o religioso recebeu uma Moção de Aplausos concedida à Renovação Carismática Católica (RCC) pela realização da Festa de Pentecostes, considerada uma das maiores celebrações da Igreja Católica na região. O documento, datado de 6 de junho de 2022, citava o padre como assessor espiritual da RCC, ao lado do arcebispo Dom Adelar Baruffi e de outros líderes religiosos.
A moção, assinada por vereadores de diferentes partidos, destacava o papel do evento no fortalecimento da fé e na mobilização de milhares de fiéis em Cascavel. O padre, que agora é investigado, era reconhecido pela sua influência e liderança dentro do movimento carismático.
Três anos após a homenagem, o cenário mudou drasticamente. O religioso é alvo de investigações por crimes de estupro de vulnerável, envolvendo adolescentes de 13 a 15 anos e jovens que, segundo as apurações, teriam sido dopados ou colocados em situações de vulnerabilidade. As denúncias levaram ao afastamento imediato de suas funções e, mais recentemente, à sua prisão preventiva.
O caso trouxe à tona um contraste marcante entre a imagem pública do padre, reverenciada no passado, e as graves acusações que hoje recaem sobre ele, abrindo um novo e polêmico capítulo em sua trajetória dentro da comunidade católica cascavelense.