quarta-feira, 23 de abril de 2025

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“O novo pedágio vai fragilizar a economia do Paraná”, avalia coordenador da Frente do Pedágio

Coordenador da Frente do Pedágio acredita na força da mobilização popular para barrar proposta apresentada pelo governo federal...

Na próxima sexta-feira, dia 05, tem início a série de dez audiências públicas para discutir o novo modelo de pedágio, proposto pelo governo federal com o aval do governo estadual. A audiência será realizada no auditório da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), onde irá se reunião deputados da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa (Alep), lideranças locais e empresários. O debate poderá ser acompanhado por canais virtuais da Alep e também pelas redes socais. (ver links abaixo)

Para o coordenador da Frente do Pedágio, deputado Arilson Chiorato (PT), o novo modelo de pedágio, proposta pelo Ministério da Infraestrutura, é inviável em qualquer cenário. “O novo pedágio vai fragilizar a economia do Paraná, uma vez que o valor pago ficará ainda maior, encarecendo a custo de produção em todas as regiões, em especial no interior. Com certeza, o Paraná vai perder competitiva diante de outros estados por conta do pedágio”, afirma.

Arilson argumenta que a perda de competividade ocorrerá porque o pedágio não vai baixar. “Os descontos mais significativos estão previstos apenas para as com menor tráfego. Além disso, vai aumentar a quantidade de pontos de cobrança, passando de 27 para 42 praças de pedágio e vai aumentar 827 km de estradas pedagiadas, saltando de 2.500 km para 3.327 km”, pontua.

O coordenador da Frente do pedágio observa ainda o tempo de contrato, que será de 30 anos. “Como vamos pagar menos se vai aumentar o tempo de contrato, praças e estradas pedagiadas, além disso tem a taxa de outorga onerosa ao governo federal e aumento previsto na tarifa de até 40% após a entrega das obras previstas. No final das contas, quem usar as estradas paranaenses, vai pagar mais”, afirma.

Obras – Ainda sobre as obras, Arilson frisa que várias, que sumiram dos contratos iniciais, reaparecem na nova proposta. Na região Oeste, entre Cascavel e Foz do Iguaçu, o deputado cita um levantamento feito em 2019 pelo Ministério Público Federal (MPF), durante a Operação Integração, inicialmente estavam previstos 180 km de obras, entre contornos e duplicações. “Não foi feito nem a metade, porém o pedágio é cobrado, como em Céu Azul, que até hoje não foi duplicada”, ressalta.

Audiências Públicas - “A intenção da Frente Parlamentar é conversar com os empresários, com representantes de entidades sociais e com os usuários, para impedir a implantação desse modelo abusivo. Começamos sexta-feira por Cascavel e vamos seguir por todo o Estado de forma presencial e virtual”, diz.

Para o presidente da Acic, Michel Lopes, a proposta pela modelagem híbrida penaliza toda a população. “Estamos falando de uma outorga onerosa, que nada mais é do que um tributo disfarçado e pago de forma antecipada. Não aceitaremos pagar novamente uma conta que já foi paga ao longo dos últimos 23 anos, e sem qualquer obra estruturante à nossa região. Muitas vidas são ceifadas e muitos investimentos são perdidos pela falta de competitividade do Oeste paranaense por causa do alto custo do pedágio”, afirma.

Nesta quarta-feira, dia 03, a Acic lançou uma campanha para pedágio sem taxa de outorga. “Não queremos ser modelo para o Brasil, queremos ser respeitados como acontece em qualquer canto deste País. Queremos uma licitação pelo menor preço para realmente termos condições de praticarmos um pedágio a preço justo, com duplicação de todo Anel de Integração, enfim, condições competitivas a nossas empresas”, sublinha.

Serviço - A primeira audiência pública, do dia 5 de fevereiro, poderá ser acompanhada pelas redes do deputado Arilson Chiorato e também da Alep, além da TV Assembleia.

Via: Assessoria Arilson Chiorato - Foto: Divulgação

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