Manifestação indígena interdita BR-277 em Campo Largo por duas horas
O congestionamento ainda persiste, mas a situação está se normalizando gradativamente.
Uma manifestação indígena na BR-277, km 111, em Campo Largo, no Paraná, causou interdição total da rodovia no sentido Ponta Grossa (crescente) por cerca de três horas nesta quarta-feira (3). O protesto, liderado por indígenas Guaranis, Kaingangues e Xoklengs, começou por volta das 13h20 e gerou um congestionamento de aproximadamente sete quilômetros.
As reivindicações dos manifestantes são amplas e incluem:
- Falta de atenção às enchentes no Rio Grande do Sul e Santa Catarina: As comunidades indígenas foram duramente afetadas pelas inundações recentes, e exigem medidas de apoio e reconstrução mais eficazes do governo.
- Crise climática: Os indígenas estão na linha de frente da crise climática, com seus territórios e modos de vida ameaçados por eventos climáticos extremos. Eles pedem ações urgentes para combater as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente.
- Plano Safra: O plano agrícola anunciado pelo governo federal nesta quarta-feira é criticado por indígenas por não contemplar suas necessidades e promover o agronegócio em detrimento de seus territórios.
- Expansão da indústria do petróleo e carvão mineral: O líder indígena Cacique Kretan Kaigangue denunciou a expansão da indústria extrativista em terras indígenas e quilombolas, causando danos socioambientais e violações dos direitos indígenas.
- Condições precárias no Paraná: Um total de 1.618 indígenas migraram do Rio Grande do Sul para o Paraná em busca de melhores condições de vida, mas enfrentam graves problemas de saúde, desnutrição e falta de assistência do governo.
Após cerca de três horas de interdição, as pistas no sentido Ponta Grossa da BR-277 foram liberadas por volta das 16h. O congestionamento ainda persiste, mas a situação está se normalizando gradativamente.