Cascavel

Saúde: Alunos criam protótipo para prevenir focos da dengue em Cascavel

Armadilha é construída com garrafa pet, lixa, tule e fita isolante; o objetivo é at...

28 abr 24 - 00h42 Atualizado 28 abr 24 - 00h55 Redação SOT
Saúde: Alunos criam protótipo para prevenir focos da dengue em Cascavel

Como forma de evitar focos da dengue, alunos de três turmas de 4º ano do Ensino Fundamental do Colégio Marista Cascavel criaram um protótipo de uma armadilha para capturar o mosquito Aedes aegypti. Em março de 2024, a cidade foi a que mais registrou casos confirmados de dengue no Paraná, com 30.106, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

A ideia para o desenvolvimento da armadilha partiu do responsável pela área de Tecnologia Educacional (TE), do colégio, Rafael Meira Ribeiro, que apresentou a proposta para as professoras titulares das turmas, que prontamente aceitaram. “Seria uma forma diferenciada para abordar e desenvolver atividades sobre o tema com os alunos”, explica a professora do 4 ºC, Graciane Agner Souza Bueno, que executou o projeto juntamente com as professoras Eliane Kuche (4 ºB) e Miriã Schmitz (4 ºA).

Além da armadilha, também foi criado um podcast focado na conscientização, abordando tópicos como sintomas, ciclo de reprodução do mosquito e medidas eficazes de prevenção. 

“O objetivo da atividade é fazer com que os alunos participem ativamente de um dos  problemas que a sociedade está enfrentando hoje. É essencial que eles façam parte da reflexão e conheçam as medidas práticas para evitar os criadouros e a disseminação da dengue”, ressalta a professora.

Utilizando garrafa pet, tule, fita isolante, lixa, água, ração e uma braçadeira, o processo consiste em montar uma armadilha que seja convidativa para o mosquito, incentivando que os ovos sejam depositados na garrafa — desta forma é possível fazer a captura e a eliminação de larvas e de novos mosquitos. “Os alunos puderam levar os seus protótipos para casa para mostrar para as famílias e orientar sobre o uso”, explica Graciane.

A sensibilização também está acontecendo dentro da sala de aula, onde os alunos participaram de um quiz sobre a dengue. Os que obtiveram maior êxito nas respostas foram selecionados para participar de um podcast sobre o assunto. A intenção, afirma a professora, é trazer uma atividade interativa e contribuir com informações sobre ações de prevenção para combater o mosquito.

Além da conscientização e ações de prevenção, outros componentes curriculares estão sendo trabalhados, como Matemática e Ciências - seja no estudo sobre os hábitos do mosquito ou para explorar medidas de tempo, capacidade e comprimento. O objetivo, reforça a professora, “é atuar de forma interdisciplinar para que os alunos tenham a dimensão do que está sendo trabalhado”.

Funcionamento - Para construir a armadilha, é preciso cortar a garrafa cerca de 15 centímetros abaixo do gargalo e lixar o interior da parte menor até ficar bem áspero. Dois pedaços de tule são colocados, sobrepostos, no bico da garrafa e presos por uma braçadeira. Depois, é preciso depositar grãos de ração no fundo da garrafa maior - colocar a parte semelhante a um funil, no interior da parte maior da garrafa, de forma que o bico fique no interior da parte maior.  É importante vedar bem as partes que foram cortadas e colocar água até que cubra o bico da garrafa. A armadilha está pronta. 

O protótipo oferece um local atrativo para a fêmea do mosquito Aedes aegypti depositar seus ovos. Isso porque a água parada se torna rica em microorganismos, o que é estimulado pela presença da ração. Os ovos são depositados no local em contato com o ambiente e se transformam em larvas que, posteriormente, são atraídas pelo alimento e atravessam o microtule. Lá, elas crescem e não conseguem retornar para a primeira câmara, ficando presas.

Dicas para utilização da armadilha para o mosquito da dengue:

1. Encha a garrafa com água até cobrir totalmente o bico

2. Verifique a vedação com fita isolante, garantindo que a junção das garrafas esteja completamente fechada

3. Monitore o nível da água a cada dois dias, assegurando que não fique abaixo do bico devido à evaporação

4. Para eliminar as larvas capturadas, adicione duas tampas de água sanitária na garrafa após 6 dias, se houver mosquitos. Aguarde cerca de 30 minutos e verifique se as larvas pararam de mexer, se ainda estiverem se mexendo, adicione mais uma tampa de água sanitária. Depois, descarte a água no tanque ou vaso sanitário e a armadilha no lixo reciclável.

Via: SOT/Skalet Fernanda - Foto: Graciane Agner Souza Bueno


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